O prejuízo bilionário do crime organizado com as operações da PF em 2024
Bens apreendidos no ano passado somaram pelo menos 5,6 bilhões de reais, valor 70% maior que os 3,3 bilhões do ano anterior

Ao longo do ano passado, o crime organizado teve um prejuízo de pelo menos 5,6 bilhões de reais com as operações da Polícia Federal, de acordo com dados apresentados nesta quarta-feira pelo diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, durante solenidade no Ministério da Justiça e Segurança Pública. O valor de bens apreendidos em 2024 é 70% maior que os 3,3 bilhões do ano anterior.
“O enfrentamento ao crime organizado só pode ser feito a partir do enfrentamento do poder econômico e da prisão das principais lideranças. E esse é um grande trabalho que temos feito em todas as nossas diretorias de Polícia Judiciária, e aqui [nesse número] estão apreensões do crime organizado na área ambiental, na área de corrupção, de drogas, de todos os segmentos que compões esse enfrentamento ao crime organizado”, comentou o chefe da PF.
“Esse dado de 5,6 bilhões de reais certamente será ampliado. Porque nós fazemos a homologação e a confirmação de todas as nossas operações, de todos os nossos inquéritos, para que o valor que esteja contabilizado aqui seja o valor real, efetivo de bens apreendidos. Então muitos bens estão ainda sob perícia, sob análise para valoração, e comporão nos próximos dois, três meses o resultado final desse patrimônio descapitalizado do crime organizado”, apontou Rodrigues.
Na sequência, ele explicou que o valor não se refere a bloqueios determinados pela Justiça, e sim o que efetivamente foi apreendido pela PF ao longo do ano passado, como veículos, aeronaves, helicópteros, edifícios inteiros, dinheiro em espécie.
“Às vezes o juiz manda bloquear 1 milhão de reais, chega lá na conta e tem 1.000 reais”, comentou.