O pedido de um policial que surpreendeu a CPI das Pirâmides Financeiras
Agente da PF que conduziu dono da Grow Up fez um pedido pessoal aos deputados para o interrogatório sobre o esquema com criptoativos
Outro dia, quando a CPI das Pirâmides Financeiras ouviu o dono da Grow Up, Gleidson Costa, um pedido surpreendeu os deputados. “Peguem pesado”, disse o agente da PF que conduzia Costa, também ele vítima do esquema.
No relatório final da comissão, a Grow Up é descrita como um esquema de pirâmide financeira mantido na cidade de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro.
“(Costa) fez promessas irreais de alta rentabilidade com investimentos que nunca chegaram a retornar para os clientes, além de operar instituição financeira em desacordo com as exigências legais”, diz o documento.
O deputado Ricardo Silva (PSD-SP) incluiu no relatório depoimento em que uma vítima descreve o modus operandi.
“A empresa também oferecia o consórcio rentabilidade (…), que a cota mínima era 100 reais por mês, podendo comprar quantas cotas quisesse. Eu pagava duas cotas, 200 reais por mês, para receber 3 mil no final de 12 meses, ou seja, 600 reais de rentabilidade no final de 12 meses. Eu inclusive não recebi meus 3 mil reais no começo do ano (…) hoje eu não tenho nada”, diz o relato.
Segundo a CPI, a Delegacia de Defraudações do Rio de Janeiro conduz ao menos 20 procedimentos policiais acerca da pirâmide financeira que foi erguida por Glaidson Costa.