O desconforto dos militares com a politização da cerimônia no Planalto
Comandantes das Forças Armadas não desceram a rampa com Lula para abraçar a democracia com a militância petista na Praça dos Três Poderes

A forte “carga política” colocada por Lula na cerimônia do 8 de janeiro provocou desconforto entre os comandantes militares.
A leitura da caserna é simples. Se era errado chamar militares para reuniões políticas no governo de Jair Bolsonaro, continua sendo errado fazer o mesmo agora que o palácio está sob mando petista.
Convocados a participar do evento sobre os dois anos dos atos de 8 de janeiro, os comandantes das forças compareceram com o ministro da Defesa, José Múcio, para mostrar compromisso institucional com a democracia. Não estava combinado, no entanto, a série de discursos políticos de Janja, Lula e outros personagens.
O desconforto dos comandantes, diante da situação, ficou evidente no fim do evento. Eles não desceram a rampa com Lula para abraçar a democracia com a militância petista. Fizeram bem.