O balanço da líder do PSOL sobre o início de presidência de Hugo Motta
Declaração do presidente da Câmara sobre o 8 de Janeiro na última sexta-feira repercutiu fortemente nas alas mais polarizadas da Casa

Líder do PSOL na Câmara, Talíria Petrone (RJ) afirma que é preciso “reconhecer e elogiar” a condução dos trabalhos da Câmara por Hugo Motta (Republicanos-PB) desde a posse como presidente da Casa, em 1º de fevereiro. Para ela, o balanço, contudo, não é todo positivo.
“As pessoas querem comida na mesa, emprego, direito a viver com dignidade, a política econômica para garantir os direitos do povo, a política ambiental para enfrentar as mudanças climáticas. Isso é o que interessa ao Brasil, e não anistiar golpista”, diz a deputada.
Na última sexta, Motta declarou à rádio Arapuan FM que um golpe precisaria ter um “líder, uma pessoa estimulando” e o apoio das Forças Armadas – e, na opinião do presidente da Câmara, o ataque às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 “não teve isso”.
A declaração foi criticada e refutada por deputados de esquerda. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ala oposicionista do Congresso, por outro lado, viram na fala uma sinalização favorável ao avanço do projeto da anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos.
Apesar da visão oposta à de Motta sobre o 8 de Janeiro, Talíria elogia o “cumprimento do regimento interno e garantia de rito democrático para a tramitação das matérias, a previsibilidade, com pautas publicadas com antecedência, as reuniões regulares do colégio de líderes e o retorno aos horários das sessões combinados previamente”.