MP investiga nova denúncia de trabalho escravo no Sul do país
Trabalhadores de uma obra da Prefeitura de Joinville, em Santa Catarina, foram flagrados em condições degradantes, segundo a denúncia
Única cidade governada pelo Novo no país, Joinville está no centro de uma nova investigação de trabalho escravo no Sul do país.
O Ministério Público do Trabalho abriu nesta semana um procedimento preliminar para investigar se uma empresa que presta serviços para a gestão de Adriano Silva submete trabalhadores a condições degradantes.
Uma reportagem da imprensa local, amparada em informações do Sindicato dos Servidores Públicos da cidade, flagrou treze trabalhadores chegando à unidade de Bem-estar e Proteção Animal de Joinville sendo transportados dentro de um caminhão baú fechado.
No mesmo dia os trabalhadores foram filmados e fotografados almoçando dentro das estruturas reservadas aos cães e demais animais, em condições insalubres para refeições humanas.
Os homens que aparecem nas imagens são prestadores de serviço de uma empresa terceirizada, que realiza obras de revitalização no lugar.
A presidente do sindicato, Jane Becker, diz que recebeu denúncias de que os trabalhadores atuavam sem proteção, sem equipamentos de segurança. O sindicato diz que a empresa que atua para a prefeitura descontava 800 reais do salário dos trabalhadores a título de alimentação e transporte.
“É desumano ter esta quantia enorme descontada e ser transportado dentro de caminhão baú e almoçar no chão do canil”, diz Becker.
O secretário de Meio Ambiente da prefeitura, Fábio João Jovita, responsável pelo Centro de Bem-estar Animal, disse ao repórter Leandro Schmitz, da Folha Metropolitana, que não conhecia as condições dos trabalhadores e que irá apurar o caso.