Lula recebe centrais sindicais em meio à pressão por alta do mínimo
Reunião contará com cerca de 500 representantes de entidades de trabalhadores; ainda não há consenso sobre novo valor do salário
Lula terá na manhã desta quarta-feira uma reunião com cerca de 500 representantes de centrais sindicais, sindicatos, confederações e federações de trabalhadores para discutir a volta da política de reajuste do salário mínimo interrompida durante o governo de Jair Bolsonaro e que foi uma das promessas de campanha do petista à Presidência.
As centrais querem um aumento já em março, mas o valor sugerido por entidades como CUT, UGT e Força Sindical é maior do que o que o governo pretendia chegar. Os trabalhadores pedem 1.342 reais para o mínimo, enquanto o governo propõe 1.320 reais– aumento de 1,3% em relação aos 1.302 reais atuais
As centrais dizem que consideram em sua proposta a inflação do ano medida pelo INPC mais o crescimento do PIB em 2020. Já o governo argumenta que o valor mais alto teria impacto nos pagamentos do INSS. A reunião terá a presença do presidente e também do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Curiosamente, o nome do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, não consta da agenda.
A ideia é a de que além da negociação do aumento em si, que seja dada a partida nesta quarta nas discussões para o estabelecimento de uma nova política de reajuste do salário mínimo a partir do ano que vem. Também será discutida uma proposta de formalização do trabalho via aplicativos de celular e o fortalecimento dos sindicatos e dos acordos coletivos.