Jardim Botânico do Rio reabre atração com R$ 2,7 mi via Lei Rouanet
Casa Pacheco Leão abrigará inicialmente exposição sobre a rota do chá, que faz parte das ações de comemoração aos 50 anos de relação entre Brasil e China

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro reabriu, recentemente, a Casa Pacheco Leão, que leva o nome de um médico e cientista, e que foi ponto de encontro para outros cientistas como Adolpho Ducke, João Geraldo Kuhlmann, Alexandre Curt Brade e Alberto Löfgren. A estrutura também foi utilizada como laboratórios de pesquisa e, durante alguns anos, sediou o Núcleo de Educação Ambiental do Jardim Botânico.
Fechada por 8 anos, a Casa foi reaberta após a captação de recursos na ordem de 2,7 milhões de reais, aprovados pelo Ministério da Cultura através da Lei Rouanet. O projeto, que contemplou a reforma e manutenção da casa histórica, foi realizado pela Dellarte Soluções Culturais e conta com o patrocínio da State Grid Brazil Holding e do banco chinês BOCOM BBM.
Inicialmente, a Casa Pacheco receberá a exposição “Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição”, que contará ao público toda a história dessa bebida de origem chinesa. A escolha do tema faz parte das ações em comemoração aos 50 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e a China.
A ambientação conta com dois andares, 10 salas, quatro banheiros e copa, e teve as cores originais de suas paredes retomadas em várias tonalidades, assim como as janelas, portas externas e guarda-corpos azuis e as esquadrias internas verdes. Outras relíquias recuperadas são as pinturas artísticas nas paredes, a escada e o piso original.
Uma das atrações previstas após a reforma é a figura do próprio Pacheco Leão, através de realidade aumentada, que receberá os visitantes na entrada. CEO da Dellarte, Steffen Dauelsberg se referiu ao museu como uma “joia escondida”, e disse ser “muito gratificante poder devolver para a sociedade um bem histórico como espaço coletivo de disseminação de conhecimento”.