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Ignorando problemas reais do país, Câmara aumenta mandatos e fustiga o STF

Com a agenda econômica engavetada há meses, deputados votaram, nesta quarta, resolução para trancar ação contra bolsonarista no Supremo

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2025, 11h31 - Publicado em 8 Maio 2025, 11h01

Em mais uma demonstração de que as prioridades do Parlamento caminham divorciadas das necessidades imediatas do país, a Câmara aprovou, nesta quarta, uma resolução para trancar o processo de tentativa de golpe de Estado contra o deputado Alexandre Ramagem. Com as contas do governo explodindo — os juros nas alturas — e um assalto bilionário a aposentados descoberto, será que essa era a matéria mais urgente para o país nesta quarta?

O texto patrocinado pela oposição bolsonarista deu discurso aos setores do Parlamento que fazem campanha nas redes explorando a impopularidade do STF, mas terá pouco efeito prático. No Supremo, é ponto pacífico que a Câmara não tem o poder de trancar a ação em questão.

Os ministros da Corte avaliam agora os caminhos a seguir. Se abrem um conflito com deputados ao invalidar a votação por completo, ou se ignoram a decisão em parte e só aplicam o cancelamento de dois dos cinco crimes pelos quais responde Ramagem no STF.

Seja qual for a saída, o país já perdeu. Perdeu tempo, porque a Câmara deveria estar focada no escândalo do INSS e na agenda econômica engavetada há meses, mas consome recursos públicos e energia em discussões distantes da ordem do dia, como a situação de Ramagem na Justiça.

É fato que o debate busca dar peso a um movimento de proteção das excelências diante do STF e até abrir caminho para um eventual socorro a Jair Bolsonaro e outros bolsonaristas enrolados na trama golpista, mas o tema, de novo, não deveria ser prioridade do Legislativo.

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Nesta quarta, o Banco Central voltou aumentar os juros no país, numa ação que reconhece a fragilidade fiscal e a falta de vontade política em Brasília de promover reformas que tornem a máquina menos perdulária e mais eficiente. Não há, na agenda imediata do Parlamento, interesse de avançar sobre os problemas reais do país que sufocam o setor produtivo.

Com o calendário caminhando para a metade de maio, os deputados só votaram o Orçamento da União de 2024 e uma proposta para ampliar ainda mais o custo financeiro da Câmara ao contribuinte, ampliando o número de mandatos na Casa. Despachantes de emendas e outros interesses de caráter duvidoso, as excelências, com algumas exceções, deram um sinal nada animador a quem ainda espera pelo despertar dos políticos para o verdadeiro trabalho pendente no país.

Bom seria se a Câmara estivesse atenta aos graves problemas de segurança pública enfrentados pelos brasileiros, o peso da inflação no supermercado e os desafios ambientais que ainda tornam o país vítima de um calendário anual de queimadas, enchentes e outros infortúnios conhecidos e não combatidos por quem se elegeu para isso.

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