Humberto Costa é eleito presidente interino do PT até julho, por aclamação

O senador Humberto Costa, de Pernambuco, foi escolhido nesta sexta-feira para assumir o comando interino do partido até o dia 6 de julho, durante reunião da Comissão Executiva Nacional da legenda — realizada de forma mista, presencial em Brasília e por videoconferência. Ele foi eleito por aclamação, sem manifestações contrárias.

No início do encontro, Costa foi indicado para o posto pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que terá deixar o cargo para tomar posse, na próxima segunda-feira, como ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. No comando do partido desde 2017, a deputada federal e ex-senadora foi anunciada por Lula na semana passada como substituta do também petista Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde.

Um dos vice-presidentes nacionais do Partido dos Trabalhadores, Humberto Costa terá um mandato-tampão de quatro meses, até a eleição do novo presidente do partido. Na manhã desta sexta, um participante da reunião afirmou ao Radar que tudo estava “encaminhado para a escolha dele”.

Senador desde 2011, ele foi ministro da Saúde no primeiro governo Lula. No ano que vem, deverá tentar conseguir o terceiro mandato consecutivo de oito anos no Senado por Pernambuco. O parlamentar foi o coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT que traçou as estratégias para as eleições municipais do ano passado.

Após o anúncio de que Gleisi fora indicada por Lula para ser a nova articuladora política do Planalto, na sexta-feira passada, Costa exaltou a “boa escolha” do presidente, em entrevista ao Radar. “Por onde tem passado, Gleisi tem exercido bem os seus papeis, como ministra da Casa Civil de Dilma [Rousseff], senadora, presidente do PT, deputada federal”, afirmou.

Também vice-presidente nacional do partido, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, do Ceará, também era cotado para assumir o comando interino da legenda. O cearense ficou bastante chateado ter sido preterido na escolha de Lula para comandar a SRI, que acabou indo para Gleisi.

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