Ex-deputado do PV, Leandro Grass será presidente do Iphan
O sociólogo foi derrotado por Ibaneis Rocha na disputa pelo Governo do Distrito Federal
O sociólogo e ex-deputado distrital, Leandro Grass (PV-DF), será o novo presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele foi anunciado nesta terça pela ministra da Cultura, Margareth Menezes.
O trabalho do Iphan é fundamental para levantar o prejuízo causado pelos ataques terroristas perpetrados em Brasília no último domingo, que resultaram no afastamento do governador do DF, supostamente omisso, Ibaneis Rocha.
O governador, agora afastado, foi eleito em primeiro turno com 50,3% dos votos, superando Grass, que com 26,2%, foi o segundo mais votado. O novo presidente do Iphan concorreu na coligação com o PT e o PC do B.
Leia a nota do novo presidente do Iphan:
“É com muita honra que recebo minha nova missão: presidir o Iphan, órgão responsável pela preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial do país. Sob a liderança da ministra Margareth Menezes, vou trabalhar incansavelmente para gerir e promover nosso patrimônio com responsabilidade técnica e política. Sou muito grato ao presidente Lula pela oportunidade de retribuir o que recebi da vida acadêmica e da vida pública. Sou filho da universidade pública, sociólogo e professor, mestre em Desenvolvimento Sustentável pela UnB, Gestor Cultural pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e, nos últimos anos, pesquisador do Observatório de Políticas Públicas Culturais da UnB.
Nossa primeira preocupação é recuperar as obras, os monumentos e o que mais houver de dano causado pelos atos terroristas desse domingo. Além das edificações, foram destruídas obras de Marianne Peretti, Di Cavalcanti e Alfredo Ceschiatti, que fazem parte do valoroso acervo da nossa capital. Um prejuízo incalculável.
Além dos servidores que há tanto já lutam para preservar o patrimônio brasileiro, estarão ao meu lado Andrey Rosenthal Schlee, do RS, como diretor de Patrimônio Material e Fiscalização, e Deyvesson Gusmão, do Acre, como diretor de Patrimônio Imaterial, além das pessoas que ainda vão compor o time, considerando toda a diversidade do nosso país.
Um dos nossos próximos objetivos é fortalecer a política do patrimônio cultural, valorizando os quadros técnicos, escutando-os e trabalhando para que o órgão se reestruture, em especial para que haja um plano de carreira para os servidores da cultura.
Conto com o apoio de todos vocês para cuidarmos do nosso DF e de outras tantas riquezas do nosso país.”