Empresa brasileira oferece tecnologia geoespacial para mercado de carbono
Com clientes como Petrobras e Ministério do Meio Ambiente, Imagem Geosistemas defende tripé “dados, ciência e tecnologia” para enfrentar mudanças do clima

A sanção, pelo presidente Lula, da lei que regula o mercado de créditos de carbono no país cria oportunidades de negócio para empresas com capacidade para mensurar emissões e lastrear os ativos que serão comercializados no novo ambiente.
Uma delas é a Imagem Geosistemas, que oferece tecnologia para clientes nos setores público e privado, como Petrobras, Natura e o Ministério do Meio Ambiente, criarem cenários, traçarem rotas estratégicas e tomarem decisões nas áreas climática e ambiental.
Dedicada a tecnologias geoespaciais, a empresa opera a plataforma ArcGIS, que monitora mudanças ambientais e possibilita criar cenários para apoiar tomadas de decisão.
“A gente tem sensores orbitais que monitoram, cinco vezes por dia, como está a quantidade de biomassa ou a quantidade de carbono emitida em um determinado território”, afirma o diretor de Sustentabilidade da Imagem, Marlos Baptista.
Com o tripé “dados, ciência e tecnologia”, a empresa consegue mensurar o valor dos créditos de carbono na área delimitada e, por meio de um contrato inteligente de blockchain, dar segurança ao mercado financeiro de que aquele ativo “existe” e tem lastro.
Em novembro, Baptista representou a Imagem na COP29, em Baku, no Azerbaijão. Lá, fez apresentações sobre as soluções da empresa nas áreas de finanças sustentáveis, riscos climáticos, riscos sociais, monitoramento de carbono, desastres naturais e bioeconomia.
“A gente entra com a capacidade de integrar inúmeras fontes de dados e coletar e captar esses modelos – sejam eles meteorológicos, climatológicos, hidrológicos, um inventário de emissões, um relatório de sustentabilidade ou análises ecossistêmicas – e, aí, dar a resposta sobre qual a melhor estratégia para reduzir emissões ou conseguir um mecanismo de agricultura sustentável”, afirmou o diretor ao Radar.
“Como cientistas de soluções, nossa responsabilidade será transformar políticas em plataformas, desenvolver instrumentos e criar ferramentas que sustentam processos e negócios, seja no financiamento climático, em estratégias de descarbonização, na busca por justiça social, na transição energética ou na adaptação climática”, acrescentou.