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Em evento, ministro cita ‘tentativa de golpe’ diante de Lula e Tarcísio

Após menção de Rui Costa ao plano pelo qual Jair Bolsonaro foi denunciado, o público da cerimônia no Porto de Santos (SP) gritou 'sem anistia' repetidamente

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 fev 2025, 16h42 - Publicado em 27 fev 2025, 13h11

O discurso do ministro da Casa Civil, Rui Costa, causou constrangimento durante a cerimônia de lançamento do edital da concessão do túnel submerso Santos-Guarujá, no Porto de Santos (SP), ao citar a tentativa de golpe pela qual o ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela PGR neste mês diante do presidente Lula e do governador de São Paulo, Tarcísio  de Freitas, que estavam sentados lado a lado.

Após a declaração, o público começou a gritar “sem anistia” repetidamente. O petista chegou a colocar uma mão sobre o rosto (veja na foto), visivelmente constrangido, enquanto Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro e é um dos principais aliados do ex-presidente, manteve o semblante fechado durante toda a fala.

“Gostaria de destacar o valor da relação republicana, o valor de se colocar em primeiro lugar o interesse do país, o interesse das pessoas. Digo isso porque nós, seres humanos, às vezes só valorizamos as coisas quando nós perdemos. Aí a gente começa a dar valor àquilo que a gente tinha. E com todo esse processo que nós estamos acompanhando, de tentativa de aniquilar, de encerrar a democracia no Brasil com a tentativa de golpe, a gente se lembra quando a democracia foi interrompida em nosso país. Aí nós damos valor à democracia”, declarou Costa, depois de exaltar a parceria entre os governos federal e estadual para a construção do túnel, que tem custo estimado de 6 bilhões de reais e é a obra mais cara do Novo PAC.

Sob gritos de “sem anistia”, o ministro explicou que fez o comentário porque estava até o fim de 2022 como governador da Bahia, estado que governou por oito anos, excetuando 2015, quando a ex-presidente Dilma Rousseff ainda era presidente, e não teve “oportunidade de ser convidado pra sentar ao lado do presidente e assinar qualquer contrato”. Sem citar Michel Temer nem Jair Bolsonaro, ele disse ainda que sequer pôde dar ordem de serviço em qualquer obra e lembrou que o governo federal não credenciou pelo SUS um hospital que foi construído pelo seu governo, o que era previsto pela lei.

“Eu tive, Tarcísio, o contrato assinado, ainda quando Dilma estava no governo, com o Banco do Brasil. Contrato assinado, que quando a Dilma saiu, alguém mandou dizer, cancela o contrato. E eu tive que ir ao STF, à Suprema Corte, para ter uma decisão do STF e dizer: ‘Ocontrato está mantido, porque o dinheiro não pertence ao presidente da República, pertence à instituição Banco do Brasil, que é do povo brasileiro’. E contrato é para ser honrado e para ser cumprido”, comentou.

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Para finalizar, Rui Costa ressaltou que a imprensa noticiou que Lula e Tarcísio estariam dividindo palanque para o anúncio de obras e que isso não deveria ter destaque, porque deveria ser “uma coisa corriqueira da democracia, de um país que pensa nas pessoas”.

“Mas por que isso passou a ser nota de capa de jornal, de capa de site, é porque durante sete anos não houve esse tipo de evento. E hoje aqui, presidente, eu como seu ministro, como ministro da Casa Civil, tenho orgulho de dizer que o senhor, assim que assumiu, o senhor nos chamou e disse: ‘Vamos montar um plano de desenvolvimento para o país, um plano de obras, de infraestrutura de longo prazo, um plano para construir hospitais e escolas’. E é o PAC. E o presidente disse: ‘Vamos construir dialogando com os 27 governadores do Brasil, independente da filiação partidária de cada governador'”, concluiu.

Depois do ministro da Casa Civil, foi a vez de o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, discursar. Correligionário de Tarcísio no Republicanos, ele teve que começar seu pronunciamento em meio a mais gritos de “sem anistia”.

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