Deputada quer barrar audiências de Tarcísio sobre privatização da Sabesp
Parlamentares do PSOL pedem a suspensão do cronograma por falta de tempo hábil para analisar a documentação
A deputada estadual Mônica Seixas e a vereadora de São Paulo Luana Alves, ambas do PSOL, entraram nesta quinta-feira com ação contra as audiências públicas para a privatização da Sabesp, que devem iniciar nesta sexta.
De acordo com a denúncia, o governo de São Paulo divulgou no dia 15 de fevereiro que a audiência ocorreria menos de 10 dias depois. Assim, a documentação com mais de 25.000 páginas dificilmente será analisada pelos participantes do debate.
“O intuito que deveria incluir a coleta de subsídios que garantam confiabilidade, clareza e segurança ao processo de tomada de decisão da Administração Pública, fica esvaziado pela falta de tempo”, escreveram na ação.
“O exercício de leitura e análise de um técnico da área, em um trabalho responsável e pesquisa dedicada, jamais conseguiria emitir um parecer em tempo hábil de leitura, análise, elaboração e escrita no espaço de 1 mês, mesmo com dedicação exclusiva”, acrescentam.
A ação contra o governador Tarcísio de Freitas e os secretários estaduais Rafael Benini, de Parcerias e Investimentos, e Natália Resende, de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, pede a suspensão das audiências públicas, da consulta pública do dia 16 de fevereiro e que um novo cronograma tenha um prazo mínimo de 60 dias.