Denúncia de assédio nos Correios avança com novos elementos
Ministério Público do Trabalho se debruça sobre suspeitas de assédio moral aos trabalhadores que atuam no departamento jurídico da estatal
O Ministério Público do Trabalho (MPT) está avançando na investigação de uma notícia-crime com relatos de assédio e humilhações nos Correios depois de denunciantes apresentarem novos elementos.
Como mostrou o Radar, a procuradoria se debruça sobre suspeitas de assédio moral aos trabalhadores que atuam no departamento jurídico da estatal.
Os novos elementos apontam que a principal acusada pelas práticas humilhantes teria manipulado as informações apresentadas ao MPT como esclarecimentos sobre o caso e “faltado com a verdade”.
“O Compliance dos Correios é frágil e mal estruturado, e não exerce fiscalização sobre o jurídico da empresa”, diz a denúncia juntada ao inquérito.
Além disso, depois de a investigação vir à tona, o clima na estatal teria “piorado muito” e as perseguições a advogados subordinados à gerência teriam ficado “ainda mais insuportáveis”.
Esse novo relato diz ainda que as práticas humilhantes nos Correios já levou a empresa a firmar um acordo judicial com o MPT da Bahia, com pagamento de multa por assédio moral organizacional.
A denúncia juntada recentemente ao inquérito chega a transcrever uma mensagem supostamente enviada a funcionários da área jurídica sobre a convocação para reuniões: “Todos devem comparecer mesmo que a mãe morra, ou suportarão as consequências”.







