Datena diz esperar que cadeirada mostre “o risco que Marçal representa”
"Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido", disse o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo
Depois de agredir Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira durante o debate da TV Cultura na noite deste domingo, o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, divulgou uma nota à imprensa na manhã desta segunda-feira sobre o ato que o fez ser expulso do programa e provocou a ida do adversário ao hospital.
O apresentador disse que não defende o uso da violência para resolver um conflito e que respeitou essa regra nos seus 67 anos devida, mas que “torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente”. O tucano afirmou que Marçal é uma ameaça à cidade de São Paulo, será detido no voto, mas “precisava também ser contido com atos”.
Datena declarou ainda que seu gesto foi “extremo, porém humano” e que espera que a cadeirada tenha “mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa”. E que sua atitude tenha “lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado”.
“Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário”, disse o tucano.
Para concluir, o candidato do PSDB reafirmou que continuará na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Leia a seguir a nota na íntegra:
Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.
Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.
Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.
Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.
Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.
As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.
Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.
Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.
Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.
Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.
Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.