CPMI do INSS deve começar sob protestos da oposição bolsonarista
Aliados de Jair Bolsonaro questionam as escolhas do presidente e do relator da apuração, que não assinaram o requerimento sobre o caso

A CPMI do INSS deve começar, nesta quarta-feira, sob protestos da oposição bolsonarista no Congresso em relação a um suposto acordão para fazer com que as investigações sobre fraudes contra aposentados terminem em pizza.
A insatisfação dos opositores decorre das escolhas de Davi Alcolumbre e de Hugo Motta para o comando da CPMI.
“Tanto o senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, quanto o deputado Ricardo Ayres, do Republicanos do Tocantins, não assinaram o requerimento de criação da CPMI do INSS. Em outras palavras, se dependesse da dupla, não haveria a investigação”, diz um senador bolsonarista.
Aziz será o presidente da comissão e Ayres ocupará o posto de relator.
A favor do senador amazonense há a experiência dele em investigações parlamentares. Ele já foi presidente da comissão que investigou crimes cometidos na pandemia de Covid-19 e é considerado um nome moderado para mediar a guerra que se anuncia entre governistas e oposicionistas no colegiado.
Ayres, por outro lado, é um nome de confiança do presidente da Câmara, o que leva os rumos da investigação a estarem atrelados aos interesses do grupo ao qual Motta percente no Congresso, mais próximo da oposição.
Tanto Aziz quanto Ayres, no entanto, são de estados fortemente impactados pelas fraudes no INSS e não devem se deixar guiar por conchavos na condução dos trabalhos, na avaliação de aliados.