Chanceler de Lula rebate ameaça de secretário da Otan ao Brasil
'Não faz sentido discutir questões comerciais com um funcionário de uma aliança militar da qual sequer participamos', diz Mauro Vieira

No meio dessa crise do tarifaço de Donald Trump contra o Brasil, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, ameaçou o governo brasileiro com mais sanções por causa do comércio com a Rússia de Vladimir Putin.
Na quarta, Rutte disse que países como Brasil, China e Índia podem ser alvo de sanções secundárias caso mantenham relações comerciais com a Rússia. “Se a Rússia não levar a sério as negociações de paz, em 50 dias ele aplicará sanções secundárias a países como Índia, China e Brasil. Meu incentivo para esses três países em particular é que você pode querer dar uma olhada nisso, porque pode te atingir muito forte”, disse o secretário
A nova manifestação hostil é rebatida pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. “Não faz sentido discutir questões comerciais com um funcionário de uma aliança militar da qual sequer participamos”, diz o chefe do Itamaraty.
Para Vieira, há espaços adequados de debate sobre o comércio com a Rússia: “Isso a gente discute bilateralmente com nossos parceiros e na OMC”, diz o chanceler.