Candidato a prefeito, Girão ficou R$ 11,7 milhões mais rico no Senado
Seis anos após ser eleito senador, o empresário vai concorrer à Prefeitura de Fortaleza com R$ 48,1 milhões em bens declarados, quase 1/3 a mais que em 2018
Quando se candidatou ao Senado em 2018, entrando na sua primeira disputa eleitoral, o empresário cearense Eduardo Girão declarou um patrimônio de aproximadamente 36,4 milhões de reais.
Seis anos depois, o senador do partido Novo acaba de registrar seu pedido de candidatura para a Prefeitura de Fortaleza, com um total de bens declarados de pouco mais de 48,1 milhões de reais.
Ou seja, desde que entrou para a política, Girão aumentou sua fortuna em 32,3% — quase um terço de crescimento.
Venda de empresas
Procurado pelo Radar, o senador agradeceu a oportunidade de explicar o crescimento patrimonial, que atribuiu à venda de empresas de sua propriedade — “as quais, com as bênçãos de DEUS, ajudei a desenvolver ao longo de três décadas, a partir de uma gestão eficiente, de responsabilidade fiscal e social”, afirmou.
“A decisão de vendê-las foi tomada para me dedicar de forma integral e exclusiva ao mandato de Senador da República. Aliás, no exercício desta atividade pública abri mão de regalias como carro oficial com motorista, apartamento funcional, plano de saúde vitalício, pois encaro o meu mandato como missão, um propósito para servir ao meu próximo. A renda decorrente da venda, foi informada na minha declaração, a todos os órgãos competentes, com a totalidade impostos declarados e devidamente pagos”, afirmou Girão.
O candidato à prefeitura da capital cearense destacou ainda que não se licenciou do cargo de senador para concorrer às eleições na sua cidade natal.
Bens declarados
Dos 36.397.417,26 reais em bens declarados seis anos atrás, mais de 14,1 milhões de reais eram de participações em empresas (quotas ou quinhões de capital) e cerca de 6,1 milhões estavam depositadas em contas correntes no exterior — Girão morava nos Estados Unidos em 2018.
Ele também tinha aproximadamente 5,6 milhões de reais em créditos decorrentes de empréstimos, além de imóveis, automóveis e outros bens.
Na declaração deste ano, as quotas de capital social empresarial somam pouco mais de 6,8 milhões de reais. Já o valor depositado em contas correntes fora do Brasil cresceu para quase 9 milhões de reais.