BNDES aprova financiamento de R$ 6,4 bi a concessionária paranaense
Projeto prevê R$ 16 bi em obras, incluindo duplicações e adição de faixas

O Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) anunciou, nesta quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, um apoio de 6,4 bilhões de reais à concessionária paranaense EPR Litoral Pioneiro, responsável por administrar 605 quilômetros de rodovias que conectam as regiões do litoral, dos Campos Gerais e do Norte Pioneiro do Estado do Paraná. Deste total, 829 milhões serão destinados ao financiamento direto e 5,55 bilhões à emissão de debêntures.
Segundo o governo federal, o investimento está integrado ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo governo federal em agosto de 2023, e é o primeiro projeto do BNDES de estruturação de capital das Rodovias Integradas do Paraná, que prevê a concessão de seis lotes no estado.
O contrato que concede a administração das rodovias do lote 2 do estado à EPR terá duração de 30 anos, e prevê investimentos na ordem dos 16 bilhões de reais, sendo 10,5 bilhões em expansão e melhorias e 5,5 bilhões em manutenção. O segmento administrado inclui, além das federais BR-153, BR-277 e BR-369, diversos trechos de rodovias estaduais e atende a 27 cidades paranaenses, incluindo Curitiba.
Entre as principais intervenções previstas, estão a duplicação de mais de 350 quilômetros de pistas, 138 de faixas adicionais e 73 de vias marginais. Com isso, deverão ser gerados 105.000 empregos diretos e indiretos ao longo da concessão, sendo 43.000 gerados durante os primeiros cinco anos.
Além do presidente Lula, esteve presente na cerimônia o atual ministro dos Transportes, Renan Filho, que exaltou a força produtiva do Paraná e os modelos de concessão que tem sido adotados pelo governo federal.
“Estamos entregando ao Paraná o maior volume de investimento para o desenvolvimento rodoviário da história do estado. É um estado muito próspero, que tem força na agricultura, na indústria, que exporta a sua própria produção e a produção de outros estados vizinhos, mas que agora vai dar um salto para estar preparado para novos desafios que um país da dimensão do Brasil precisa ter. Esse modelo é um modelo que outros estados brasileiros precisam perseguir, um modelo que concede rodovias estaduais, federais, e que utiliza a sua sinergia para tornar o projeto rentável, atrativo, levando investimentos para todas as partes do estado”, disse.