Atropelado na crise do tarifaço, Tarcísio toma decisão em São Paulo
Criticado por todos os lados nessa confusão da sanção americana ao Brasil, o governador de São Paulo decidiu submergir, segundo auxiliares

Tarcísio de Freitas viveu, nos últimos dias, seus piores momentos no Governo de São Paulo. Criticado por todos os lados nessa crise do tarifaço, decidiu submergir, segundo auxiliares.
O governador paulista vai se dedicar mais aos eventos e assuntos relacionados ao estado e menos aos embates nacionais e até internacionais, no caso do tarifaço de Donald Trump.
Tarcísio deixou o empresariado paulista em fúria ao culpar Lula pela bomba tarifária de Trump que deve comprometer muitos negócios no estado que governa.
O governador também comprou briga com o próprio bolsonarismo, ao passar a tentar negociar o fim do tarifaço sem combinar o jogo com Eduardo Bolsonaro. Num delírio típico do bolsonarismo, o filho do ex-presidente tratou o governador de São Paulo como uma espécie de subordinado nessa questão.
Para piorar, Tarcísio desgastou suas relações com ministros do STF ao propor um plano aloprado para liberar o passaporte de Jair Bolsonaro, de modo a permitir que o ex-presidente viajasse aos Estados Unidos negociar o fim do tarifaço com Trump.
“Com tantos erros em poucos dias, o melhor mesmo é sumir”, disse um auxiliar ao Radar.
ATUALIZAÇÃO, 14h30 de 20/7/2025 — O Radar informou incorretamente que Tarcísio de Freitas elogiou o tarifaço de Trump contra o Brasil. Na verdade, ele culpou Lula pela decisão do governo dos EUA de sancionar todo o setor produtivo brasileiro. A assessoria do governador também nega que ele tenha conversado com ministros do STF para pedir que Bolsonaro fosse autorizado a viajar aos EUA.