Arquivo vivo da corrupção no judiciário, lobista virou esqueleto na prisão
Na semana passada, o ministro Cristiano Zanin, do STF, concedeu a Andreson Gonçalves o benefício da prisão domiciliar humanitária

Espécie de arquivo vivo do escândalo de corrupção envolvendo diferentes tribunais no país, o lobista Andreson Gonçalves quase morreu na prisão.
Gonçalves foi preso em novembro do ano passado. Com 93 quilos, era um sujeito de aparência saudável.
Em oito meses de prisão — três em Mato Grosso e cinco no Penitenciária Federal de Brasília –, no entanto, o lobista perdeu 30 quilos, tornando-se um chocante esqueleto atrás das grades, como mostram as fotos tiradas pelo IML de Brasília há dez dias.
Na semana passada, o ministro Cristiano Zanin, do STF, concedeu a Gonçalves o benefício da prisão domiciliar humanitária.
Gonçalves ficará com sequelas, segundo os médicos que o examinaram. Hoje, tem dificuldade de andar, não consegue se locomover sozinho.
“Foi quase uma pena de morte”, diz um interlocutor de Gonçalves.
