AGU afirma que tomará todas as providências para preservar a soberania
Na volta dos trabalhos do STF, Jorge Messias diz que Brasil não quer guerra econômica e que acredita que tensões arrefecerão

O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, afirmou, em cerimônia de retorno dos trabalhos do Judiciário após o recesso, que o governo brasileiro não aceita que nenhuma autoridade brasileira seja ameaçada ou punida por estados estrangeiros. Um claro recado à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
“Não podemos admitir que nossas leis sejam suspensas para que países estrangeiros digam o que podemos ou não fazer. A independência nacional é princípio base em nossas relações internacionais”, disse Messias.
O auxiliar do presidente Lula pontuou que a AGU está vigilante e tomará todas as providências necessárias para preservar a soberania do país.
Messias destacou ainda que é preciso que a Corte continue exercendo “com firmeza e altivez” o papel de guardiã máxima da Constituição e da democracia.
“É momento que precisamos reafirmar que o Judiciário não se afastará de sua função constitucional, não cedendo à pressões externas ou daqueles que trabalham contra interesses do povo brasileiro. Como AGU, repudio a tentativa de intimidação do Poder Judiciário”, pontuou o ministro da AGU.
“Trabalharemos dia e noite para a proteção dos interesses nacionais e a elucidação da verdade. O Brasil não quer guerra econômica ou diplomática. Somos país do diálogo e da harmonia. Estamos certos que a verdade prevalecerá e que as tensões arrefecerão”, acrescentou.