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A aposta de Quaquá ao se lançar candidato a presidente do PT

Prefeito de Maricá quer agregar votos dos insatisfeitos com Edinho Silva dentro da sua corrente interna e se unir a nomes como Rui Falcão e Romênio Pereira

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 abr 2025, 17h47 - Publicado em 16 abr 2025, 15h30

Ao entrar na disputa pela presidência do PT, Washington Quaquá calcula que pode agregar votos dos insatisfeitos com Edinho Silva dentro da sua corrente interna, a Construindo um Novo Brasil (CNB), e ainda se unir a nomes de tendências mais à esquerda, como Rui Falcão e Romênio Pereira, em busca de uma aliança ainda no primeiro turno.

O prefeito de Maricá (RJ) vai fazer o lançamento oficial da sua candidatura em 13 de maio, em um evento no Circo Voador, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Quaquá também é vice-presidente nacional do PT.

Ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho se apresenta hoje como o “candidato do Lula”, apesar de o presidente da República não ter declarado publicamente o apoio a ele e nem a qualquer outro nome. Um dos maiores articuladores de sua campanha é o ex-ministro José Dirceu.

Quaquá ironiza o cartão de visitas do adversário. “Edinho vende um apoio do presidente Lula que é que nem cabeça de bacalhau: até agora ninguém viu. Ele tem antipatia de toda a coordenação da CNB. E estou buscando o apoio da coordenação da CNB, composta por mim, Humberto Costa, José Guimarães, Gleide Andrade e o Jilmar Tatto.”

Para o prefeito de Maricá, o entorno de Lula no Palácio do Planalto fala em nome do presidente da República sobre a eleição petista sem sua autorização. “Estão todos tentando viabilizar o Edinho porque querem o PT sabujo da entourage palaciana”, diz, referindo-se principalmente ao chefe de gabinete Marcola e ao ministro Alexandre Padilha, que em março se mudou da Secretaria de Relações Institucionais para a Saúde.

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O prazo para registro de candidaturas à presidência do PT vai até 19 de maio. A votação será em 6 de julho. Se houver segundo turno, petistas voltarão às urnas em 20 de julho.

Como mostrou o Radar, uma reunião há cerca de duas semanas no Palácio do Planalto entre Lula, a ministra Gleisi Hoffmann, o atual presidente do PT, senador Humberto Costa, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, terminou com o entendimento de que Edinho não sofreria oposição da cúpula da CNB.

A condição era que os caciques da maior corrente interna do partido mantivessem a prerrogativa sobre as secretarias de Planejamento e Finanças e de Comunicação, hoje comandadas por Gleide Andrade e Jilmar Tatto – que, por sua vez, andam cada vez mais irritados com declarações vistas como “fogo amigo” de Edinho.

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O próprio ex-prefeito de Araraquara ainda não deu seu aval ao acordo. Se eleito, quer receber a estrutura do partido “de porteira fechada” – principalmente a tesouraria do PT, objeto de trauma para a sigla depois de escândalos como os de Delúbio Soares e João Vaccari Neto, mas que passou a receber elogios internamente na gestão de Gleide.

Abrigo de diferentes “tendências”, como são chamadas as correntes internas, o Partido dos Trabalhadores está habituado com divergências. O atual cenário, no entanto, ganha contornos mais explosivos, e justamente a um ano e meio das eleições de 2026.

Nesse clima de barril de pólvora, petistas com larga experiência na política interna do partido avaliam que a candidatura de Quaquá aumenta o risco de haver fraturas no entendimento em torno de Edinho e pode levar a disputa para o segundo turno. Um desdobramento assim seria não só mais uma dor de cabeça, mas, de fato, uma derrota para Lula na reta final de seu terceiro mandato.

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