O delivery como ritual de prazer dos cariocas
Dois em cada três moradores da região metropolitana do Rio de Janeiro pedem comida toda semana. Preço ainda é a principal barreira para ampliar o consumo
Pedir comida em casa deixou de ser exceção para se tornar parte do cotidiano carioca. Entre os moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro que já pediram comida por aplicativo, dois em cada três fazem pedidos de delivery pelo menos uma vez por semana. O jantar é a principal ocasião e o lar é o principal cenário. Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva encomendada pela 99 food, 9 em cada 10 consumidores (92%) pedem de casa, buscando conforto, praticidade e momentos de prazer compartilhado com a família e amigos.
Mais do que conveniência, o delivery se consolidou como um momento de prazer ao alcance do bolso. O cardápio favorito dos cariocas reflete isso: pizza, lanches, comida japonesa e marmita dividem espaço entre o popular e o sofisticado. Para a maioria dos consumidores, o delivery é uma chance de saborear pratos diferentes dos preparados no dia a dia, e muitos já descobriram novos restaurantes por meio dos aplicativos
Mas o prazer tem um limite: o preço. A maioria dos consumidores consideram a comida no delivery cara e muitos já deixaram de pedir por causa disso. O custo elevado transforma o que poderia ser um hábito ainda mais frequente em um desejo contido, um luxo planejado. Não por acaso, a maioria afirma que pediriam mais se os preços fossem iguais aos praticados no balcão dos restaurantes.
Há, no entanto, um dado que sinaliza o potencial de transformação desse mercado: 98% dos consumidores cariocas aprovam a ideia de um novo aplicativo sem taxas para os restaurantes. O apoio quase unânime mostra que o público compreende que as tarifas cobradas das casas impactam diretamente no valor final dos pratos. Para os entrevistados, um app sem taxas significaria preços mais baixos e, consequentemente, mais pedidos. Quanto menos custo para os restaurantes, mais acesso para os consumidores.
Esse movimento não é trivial. Estamos falando de um setor que movimenta R$ 19,5 bilhões por ano apenas na Região Metropolitana do Rio. Entender como o delivery se encaixa na rotina e no orçamento dos cariocas é entender também como hábitos de consumo se moldam e revelam tendências mais amplas de comportamento urbano.
O delivery no Rio já não é só sobre comer sem sair de casa, é sobre tempo, prazer e pertencimento. A próxima revolução virá quando conveniência e preço caminharem lado a lado.
Quem conseguir entregar isso terá nas mãos não só um mercado, mas um hábito profundamente enraizado no coração do carioca.
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