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Pé na estrada

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Viagens de carro para quem ama o caminho tanto quanto o destino

Do asfalto à ilha: como é a viagem de SP a Ilhabela com carro elétrico

Rodamos quase 500 quilômetros com o novo Porsche Taycan para conferir o ganho de autonomia do modelo e aproveitamos para conhecer os encantos da região

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 abr 2025, 16h46 - Publicado em 16 abr 2025, 16h45

Com um toque no botão do volante, o modo Sport de condução é ligado e um som futurista invade a silenciosa cabine. O acelerador responde rapidamente e o som acompanha a velocidade. Estamos a bordo do novo Taycan, modelo totalmente elétrico da Porsche apresentado oficialmente há algumas semanas. A direção esportiva, a capacidade de fazer curvas, a aceleração, tudo mostra a herança da tradicional montadora alemã. É um carro que estimula longas horas ao volante. Mas por ser elétrico, fica a dúvida: é uma boa opção para viajar?

Para fazer o teste, saímos cedo de São Paulo em direção a Ilhabela, no litoral norte do Estado. Segundo a autonomia declarada, daria quase para ir e voltar com uma única carga. Mas as condições na vida real são diferentes. Além do estilo de direção individual, a escolha do modo de condução poderia afetar sua capacidade de alcançar o destino.

Ligamos o modo Sport. Não é o mais extremo – esse é o Sport Plus. Também não é o Normal, que equilibra performance e autonomia, nem mesmo o Range, que limita as funções do carro para otimizar a bateria. O Sport oferece boa resposta do carro, embora sacrifique um pouco de sua autonomia. Vale a pena. 

Além do modelo sedã testado, Taycan tem opção de carroceria perua, com pegada mais aventureira
Além do modelo sedã testado, Taycan tem opção de carroceria perua, com pegada mais aventureira (André Sollitto/VEJA)

Nos trechos retos ele parece flutuar no asfalto. Por ter um dos menores coeficientes de arrasto de toda a linha (o Taycan Turbo, um modelo acima do 4S testado, tem a menor de todas), a aerodinâmica é impressionante. É tão veloz e a dirigibilidade é tão precisa e agradável que é preciso ficar muito atento para não andar o tempo todo acima da velocidade da via. 

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As quase quatro horas de viagem passaram tão rápido que nem percebemos. E, de repente, estávamos na fila da balsa que sai de São Sebastião para Ilhabela. Dava para continuar dirigindo por algumas horas. E tínhamos bateria para isso. Chegamos com 51% da carga, suficiente para mais de 220 quilômetros

Na ilha, seguimos para o hotel Itapemar, onde havia dois carregadores da Porsche. O local faz parte do programa Destination Charging. Trata-se de uma iniciativa da montadora alemã para estimular as viagens com seus modelos elétricos. A empresa instala os carregadores, e a parceria faz com que o estabelecimento atraia os donos dos veículos. Há vários espalhados por aí, em destinos como Campos do Jordão. O carregador disponível é um wallbox de 11 kwh. Carregamos os quase 50% restantes em cerca de cinco horas ao preço de R$ 60. 

Taycan Carregamento
Carregamento em carga lenta (11 kwh) pode demorar uma noite toda, mas metade da carga foi recuperada em menos de cinco horas (André Sollitto/VEJA)
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Mesmo com o carro totalmente carregado, vale a pena deixá-lo na garagem para conhecer a região a pé. Dá para curtir o próprio hotel, com piscinas e um ótimo spa. Ou dar um mergulho na água fria do mar, curtindo o visual. Para quem nunca foi, um spoiler: o hype é real. Ilhabela é realmente linda, com os barcos ancorados próximos à costa e um por-do-sol deslumbrante.

Há muitas opções de gastronomia. Uma das melhores pedidas é os restaurantes com mesas na areia. É o caso do Manapani, um dos nossos favoritos, que serve pratos à base de peixe generosos e saborosos e de preço justo. Mas há muitos outros, de sushi a churrasco, de pizza a camarão.

O rolê pelo centro histórico é praticamente obrigatório. A Vila, como é chamada, tem construções do final do século 17, como a Igreja de Nossa Senhora D’ajuda, construída entre 1697 e 1718. O movimento é grande e achar um canto para estacionar é complicado. Se o hotel não estiver longe (como é o caso do nosso), melhor ir a pé. Há muitas opções de restaurantes, de hamburguerias a italianos e botecos. Os preços são mais altos, como é de se esperar em uma área tão turística. É importante ficar atento à programação cultural. No último final de semana, o museu Waldemar Belisário, localizado bem no meio da Vila, apresentou shows de choro.

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Visual de Ilhabela, com seus barcos ancorados na costa, justifica o
Visual de Ilhabela, com seus barcos ancorados na costa, justifica o “hype” (André Sollitto/VEJA)

Antes de retornar para São Paulo, voltamos ao volante do Taycan para uma volta pela ilha. É interessante notar como poucos quilômetros mudam a “vibe” do lugar. De repente, há uma encosta com um belo mirante para ver o mar. Mais alguns quilômetros e estamos em uma mais residencial. Em seguida, uma praia mais tranquila, sem tantos visitantes. 

Finalmente, de volta à estrada, o Taycan estava em seu habitat natural. Na ilha, era preciso ficar atento às muitas lombadas e valetas. Mesmo com a opção de levantar a suspensão pneumática alguns centímetros, é preciso cuidado para não raspar a frente. Nas rodovias, no entanto, ele cola no chão e devora os quilômetros com facilidade – tudo isso mantendo uma autonomia bastante adequada.

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E esse é um dos pontos mais importantes da nova geração do modelo. Quando foi lançado oficialmente, em 2020, recebeu críticas dos veículos especializados justamente por conta de sua autonomia baixa – na época, de cerca de 320 quilômetros). Neste ano, mudou completamente, ficou mais potente e com maior alcance. E os números fazem diferença na prática. Mantém a esportividade, mas é confortável e surpreendentemente prático no dia a dia. Não à toa, segundo o Motor Trend, 74% dos donos de Taycan usam seu carro como veículo diário, acima de modelos feitos para isso, como os SUVs Macan e Cayenne.

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