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Pé na estrada

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A estratégia da chinesa GAC para se tornar referência industrial no Brasil

Em entrevista exclusiva, o vice-presidente da fábrica da empresa em Guangzhou conta como a automação adotada para otimizar processos pode ser replicada

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2025, 16h48 - Publicado em 28 mar 2025, 16h47

Há um conceito no setor industrial chamado Fábrica Farol, ou Lighthouse Factory. O termo, cunhado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a consultoria McKinsey, identifica as empresas que adotam tecnologias da chamada Quarta Revolução Industrial, como automação e uso de inteligência artificial, para otimizar a produção e reduzir os impactos ambientais.

No setor automotivo, apenas uma empresa tem essa certificação. É a GAC, quinta maior montadora da China que chegou oficialmente ao Brasil no final de 2024 e prepara os primeiros lançamentos por aqui neste ano. A fábrica de Guangzhou responsável pela fabricação de modelos elétricos, feitos sob a marca Aion, recebeu a certificação e se tornou referência na produção dos chamados veículos de nova energia.

A estrutura fabril da GAC Aion é totalmente automatizada, o que dá eficiência, velocidade e alta capacidade de customização. Um carro inteiro pode ser produzido em apenas 53 segundos, e cada unidade é feita de acordo com as especificações do cliente. Segundo a empresa, trata-se de uma revolução na customização em massa. 

A estratégia da GAC é trazer alguns conceitos que fizeram com que a planta de Guangzhou recebesse tal reconhecimento para cá. “Nosso modelo de fabricação pode ser replicado em outras regiões, como o Brasil”, afirma Zheng Chunqi, vice-presidente da GAC Aion Factory, em entrevista exclusiva ao Pé na Estrada. “Já implementamos processos semelhantes em nossa fábrica na Tailândia, seguindo os mesmos padrões de qualidade e operação.”

De acordo com a realidade do país, é possível replicar alguns dos processos utilizados na fábrica farol e assim otimizar as etapas. “O sucesso do Lighthouse Factory se baseia na digitalização, automação e eficiência da cadeia de suprimentos, garantindo operações sustentáveis e ágeis”, diz Chunqi. “A experiência adquirida pode servir como referência para fábricas em outros países.” Assim, a GAC quer se tornar um exemplo para o setor.

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O Aion Y Plus, da Aion, linha de modelos elétricos da GAC
O Aion Y Plus, da Aion, linha de modelos elétricos da GAC (GAC/Divulgação)

Além da eficiência produtiva, a fábrica Farol da GAC foi projetada para reduzir os impactos ambientais. Além de usar energia solar para suprir até 25% da necessidade da fábrica, a infraestrutura conta com motores de alta eficiência, queimadores ajustáveis, e bombas de calor industriais. O conjunto reduziu em mais de 50.000 toneladas de emissões de carbono. “A certificação de Fábrica Farol é importante, mas não queremos ter apenas a certificação. Queremos continuar inovando”, afirma Zheng Chunqi.

No final de 2024, quando chegou oficialmente ao país, a GAC anunciou que pretende investir R$ 120 bilhões em pesquisa e desenvolvimento no Brasil para ter uma linha de produção completa de carros à combustão, híbridos e elétricos e um centro de P&D. Na ocasião, assinou ainda acordos de cooperação técnica com as universidades federais de Santa Catarina (UFSC), Santa Maria (UFSM) e Estadual de Campinas (Unicamp). Em março deste ano, a GAC também se associou à Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), que discute a eletrificação do setor automotivo brasileiro.

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