Sempre digo que textão político é igual coque samurai: você acha que está bacana, seus amigos curtem e compartilham, mas um dia você vai se ligar como foi ridículo.
Com a evolução da Lava Jato, essa minha teoria tem feito cada vez mais sentido. Vejo inúmeros amiguinhos deixando as opiniões de lado, como quem apara as madeixas do coquinho e assume que está ficando careca.
Acho legal, acho bacana.
Ninguém ganhava dinheiro com isso mesmo, fica só aquela vergonha de ter escrito tanta groselha nessa imensa reunião de condomínio chamada Facebook.
O que acho muito louco é o silêncio da blogueiragem profissa, os que levaram a sério, durante todo esse tempo, a defesa engajada e inesgotável da classe política.
Sakamotinho esqueceu da tia Gilma e virou sommelier de reforma trabalhista. Juca Kfouri voltou a falar do Corinthians. Até o Duvivier, o maior escritor brasileiro humano, parou de escrever seus textões politicamente legais por aí.
Triste que não rolou nem uma mísera mea-culpa, nem um “foi mal tava doidão”.
Segue o jogo… Como naquela música nova do Chico Buarque…
*Texto originalmente publicado na página de Facebook do chef Raphael Durant Despirite