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O Som e a Fúria

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Um dos maiores shows da história do rock por pouco não aconteceu

Há quarenta anos, banda tocou de forma inesquecível para um público de 74 000 pagantes e uma audiência televisiva de 2 bilhões de pessoas

Por Sergio Ruiz Luz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 abr 2025, 08h34 - Publicado em 20 abr 2025, 08h30

É quase um consenso na indústria do rock: um dos maiores shows da história aconteceu há quarenta anos, no estádio de Wembley, na Inglaterra. Ocorria ali, no dia 13 de julho de 1985, a perna europeia do Live Aid. O megaevento reuniu astros como Paul McCartney, The Who, Sting e Elton John, entre outros. A competição entre estrelas teve um vencedor incontestável: o Queen. Em um inesquecível tour de force de cerca de 20 minutos,  a banda tocou seis músicas para um público de 74 000 pagantes e uma audiência pela TV estimada em 2 bilhões de pessoas em 140 países.

Por pouco, o show não aconteceu. Em um entrevista recente, Harvey Goldsmith disse que teve que convencer o outro produtor do Live Aid, Bob Geldof, a respeito da inclusão do Queen no programa de Wembley. A primeira reação de Geldof à ideia foi péssima: “Eles já passaram do auge, não acho que devam tocar”. Goldsmith precisou de muita lábia para mudar a opinião de Geldof, assim como a da banda, que estava reticente em fazer parte do megaevento. 

Na época, de fato, o Queen parecia uma estrela cadente. O quarteto inglês alcançou a fama nos anos 70, com álbuns como A Night at the Opera. A década seguinte começou promissora com o lançamento de The Game, mas o negócio começou a desandar com o disco Hot Space, de 1982, que recebeu uma recepção gélida da crítica e não entusiasmou tanto os fãs, apesar da presença do hit Under Pressure. Um ano anos do Live Aid, tentaram dar a volta por cima com The Works, mas uma série de problemas dificultavam a retomada do sucesso.

As relações entre os músicos estavam desgastadas e o Queen correu sérios riscos de se dissolver. A turnê de divulgação de The Works foi marcada pela polêmica em torno da música I want to break free por causa do videoclipe no qual os integrantes apareciam vestidos de donas de casa. A MTV americana não gostou da piada e baniu a peça de sua programação, o que levou a banda a excluir os Estados Unidos do circuito de shows da época. A série de encrencas se completou com a chuva de críticas por conta da realização de quatro apresentações na África do Sul, rompendo o bloqueio que muitos artistas faziam em protesto contra o apartheid.

Freddie Mercury teve um papel essencial na decisão da banda de participar do Live Aid. Depois de ficar impressionado com a divulgação do lançamento do concerto e a repercussão da iniciativa, ele convenceu o empresário do Queen e os colegas da banda a entrarem no show. Um dos desafios seria fazer a apresentação com a luz do dia, sem ajuda de uma parafernália de luzes, como de hábito. De forma a compensar a ausência de muletas cênicas, a banda caprichou na preparação do setlist, ensaiando por uma semana o que tocariam em Wembley.

Logo na entrada do show do Live Aid, Freddie Mercury já ganhou a plateia sentando-se ao piano para tocar os primeiros acordes de Bohemian Rhapsody, cena que serviu de inspiração para a abertura da boa cinebiografia da banda, lançada em 2018. Na sequência do show, Freddie regeu de forma impressionante um coro de mais de 70 000 pessoas depois da execução de Radio Ga Ga. A apresentação ainda contou com hits como Crazy Little Thing Called Love e terminou com o tradicional hino We are the Champions. Confira aqui a íntegra do show:

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Ao receber a merecida consagração final, o Queen provava ali que seu prestígio entre o público continuava intacto. As outras estrelas do dia souberam reconhecer também a qualidade e a potência da banda.  “Seus bastardos, vocês roubaram o show”, disse Elton John se encontrar com Freddie Mercury após o espetáculo do Queen que entrou para a história.

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