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O Som e a Fúria

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Timothée Chalamet canta Bob Dylan e resultado é melhor que o original

Ator interpreta Dylan em nova cinebiografia e fez uma excelente apresentação ao vivo no programa Saturday Night Live

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jan 2025, 13h58 - Publicado em 27 jan 2025, 13h51

Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, o cantor e compositor Bob Dylan é um daqueles artistas que estão acima do bem e do mal. Suas canções sobre a vida, relacionamentos e política, marcaram gerações. E, apesar de tudo isso, em um aspecto quase todos os críticos musicais concordam: Dylan não é o que se pode chamar de um grande cantor. Sua voz anasalada e uma dicção imperfeita sempre foram alvos de críticas e, mesmo assim, são justamente essas características que fazem do cantor um artista único.

Dito isso, Timothée entrega uma excelente atuação e canta de verdade – e até melhor que Dylan – no filme Um Completo Desconhecido, que estreia nos cinemas brasileiros em 27 de fevereiro. Timothée, que interpreta Bob Dylan nos cinemas, emula os trejeitos e o timbre característico da voz de prêmio Nobel. A trilha sonora do filme, aliás, já foi lançada nas plataformas de streaming. O resultado é que você tem a sensação de ouvir Dylan, porém estranhamente soando melhor que Dylan. Neste sábado, aliás, Timothée participou ao vivo do programa Saturday Night Live tocando três canções do bardo de Minnesota com uma segurança e qualidade impressionante. E não por menos. Timothée ficou meses ensaiando para poder tocar igual a Dylan – e não reinterpretar suas canções, como geralmente acontece em cinebiografias.

O filme, que já estreou nos Estados Unidos, recebeu oito indicações ao Oscar, incluindo a de melhor filme e melhor ator, para a atuação de Chalamet. O filme é ambientado no início dos anos 1960, quando Dylan se muda para Nova York para tentar a carreira como músico. O enredo acompanha a ascensão de Dylan ao estrelato, quando ele se torna um dos grandes nomes da nova geração do folk music, até o fatídico festival de Newport, em 1965. Na ocasião, o músico se recusou a tocar apenas com instrumentos acústicos, se apresentando com guitarras elétricas, causando a fúria dos organizadores que ameaçaram cortar os cabos de força do palco com um machado.

O bom resultado de Bob Dylan e Timothée Chalamet é raro em cinebiografias. O cinema está repleto de resultados ruins de artistas que se arriscaram a cantar – ou que nem tentaram – igual ao músico biografado. Angelina Jolie, por exemplo, obviamente, não cantou na mais recente cinebiografia de Maria Callas (aliás, fica a pergunta, alguém conseguiria cantar como ela?). Já atriz Marisa Abela canta em todas as cenas do filme sobre Amy Winehouse. Se o resultado não chega a incomodar, por outro lado, não é surpreendente. O ator Kingsley Ben-Adir também se aventura na cantoria ao tentar emular Bob Marley no filme One Love e, felizmente, não faz feio. Os exemplos são vastos, mas um resultado semelhante ao de Chalamet em Bob Dylan é raro de se ver.

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