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O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal

O show de rock em meio a ruínas romanas que entrou para a história

Filme da apresentação voltará ao circuito em versão restaurada em salas IMAX

Por Sergio Ruiz Luz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 mar 2025, 14h12 - Publicado em 3 mar 2025, 13h45

O Pink Floyd ganhou fama no início da carreira por ser uma banda mais experimental para a época e, baseados nas longas e viajandonas suítes instrumentais, os críticos batizaram a música do quarteto inglês como “som espacial”. O grupo parecia mesmo disposto a fazer experimentações, como a de gravar uma extravagante peça de mais de vinte minutos com orquestra em um de seus álbuns.

Dentro dessa mesma filosofia, toparam a oferta para se apresentar sem público em um anfiteatro romano nas ruínas da cidade de Pompeia, na Itália. O show foi gravado e lançado em 1972 na forma de um longa-metragem — Live at Pompeii voltará agora aos cinemas em cópias restauradas em salas IMAX em todo o mundo (incluindo no Brasil) a partir do dia 24 de abril. Os ingressos começam a ser vendidos na próxima quarta, 5 de março.

O repertório do espetáculo mistura músicas dos primórdios da banda com as primeiras peças que indicavam a direção definitiva dela para a fase estelar de sucesso. Exemplo disso é Echoes, faixa do LP Meddle, lançado em 1971: ela trazia os velhos elementos que caracterizam a banda, mas dentro de uma linguagem mais coesa e acessível, com dueto de vocais entre o guitarrista David Gilmour e o tecladista Rick Wright.

Diretor responsável pela filmagem em Pompeia, o francês Adrian Maben queria fazer um anti-Woodstock, com um tom sombrio e enigmático, sem uma multidão acompanhando os shows, oposto ao do longa que captou as festivas cenas dos três dias de paz e amor numa fazenda em Bethel, no estado de Nova York. Maben editou cenas da apresentação com imagens de erupção de vulcões, de forma a lembrar a fúria do Vesúvio que varreu do mapa a cidade. Confira aqui o trailer do longa:

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Os bastidores também entraram para a história pela epopeia de produzir um show de rock, com toda a parafernália de som e de luzes, em meio a um anfiteatro de 2000 anos de idade. Houve um atraso de três dias no cronograma de gravações por falta de luz. O caso foi resolvido com um cabo de energia conectado diretamente à prefeitura da cidade. Um roadie do Pink Floyd ficou de plantão tomando conta desse cabo.

A performance da banda foi registrada ao vivo, sem playbacks. Numa das cenas mais marcantes, o baixista Roger Waters golpeia um gongo no meio de uma música, tendo ao fundo a luz do Mediterrâneo. No filme, momentos musicais dramáticos são intercalados por imagens de esculturas e de gárgulas.

O grande bônus vem ao final, com takes gravados no estúdio Abbey Road, em Londres, mostrando a banda registrando o álbum seguinte a Meddle — e que viria ser o famoso Dark Side of the Moon.

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O longa Live at Pompeii tem um ritmo lento e é indicado apenas para os fãs mais radicais e nostálgicos do Pink Floyd. Mas a ideia de se apresentar em Pompeia foi tão boa que, décadas depois, David Gilmour repetiu a experiência numa turnê de sua carreira-solo — desta vez, com plateia.

 

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