O raríssimo e milenar objeto egípcio que John Lennon tinha na sala de casa
Em livro, melhor amigo de Lennon e Yoko Ono conta que se surpreendeu ao visitar o apartamento do casal pela primeira vez

Em 1973, John Lennon e Yoko Ono compraram o apartamento 72 no emblemático Edifício Dakota, em Nova York. A sala principal da residência foi decorada por Yoko Ono, que seguiu o estilo minimalista shibui da cultura japonesa. O espaço era todo branco e foi batizado de Salão Branco. Por ali ficou instalado o histórico piano de cauda branco, da Steinway, que o ex-beatle usou no clipe de Imagine. Um objeto, no entanto, chamava a atenção dos raros visitantes que tiveram a oportunidade de conhecer o apartamento de 450 metros quadrados no coração da cidade.
Para além da vista estonteante do Central Park, o Salão Branco contém, segundo o radialista americano e um dos melhores amigos do casal, Elliot Mintz, uma caixa de acrílico sobre um pedestal branco com cerca de 1,5 metro de comprimento. O objeto, aliás, é o único destacado na decoração minimalista por se tratar, nada menos, de um sarcófago de 3.000 anos.
“John e Yoko obtiveram a última múmia que pôde ser retirada do Egito antes de o governo daquele país proibir exportação de antiguidades nacionais”, escreveu Mintz no livro John, Yoko e Eu (Ed. Sextante).
Segundo Mintz, ele teria sugerido ao casal passar o objeto em um raio-x para ver o que tinha dentro, talvez estivesse repleto de joias e ouro. Yoko negou e respondeu casualmente que a coisa mais valiosa daquilo seria a magia da múmia, e não os objetos dela.
Vale lembrar que Yoko Ono é hoje uma das proprietárias de uma das mais valiosas coleções privadas de arte do mundo, sendo oito Magrittes, incluindo um desejado pelo governo da França, vários Léger, um Tamara de Lempicka e algumas gravuras dos próprios Lennon e Yoko feitos por Andy Warhol.