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O Som e a Fúria

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Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal

O que pensa o filho de Erasmo Carlos após aumento de 380% da música do pai

A faixa 'É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo', que entrou na trilha sonora de 'Ainda Estou Aqui', virou um hit nas redes sociais

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 jan 2025, 20h04 - Publicado em 28 jan 2025, 12h10

Lançada em 1971, a música É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo, de Erasmo Carlos, incluída na trilha sonora de Ainda Estou Aqui, indicado a três Oscars, está ganhando cada vez mais ouvintes nas redes sociais – especialmente entre os mais jovens. Segundo um levantamento da gravadora Universal Music Brasil, a faixa tinha menos de 25.000 streams diários e chegou a atingir 120.000. Um aumento de 380%.

Somente no Instagram, foram mais de 140 mil criações, sendo 90 mil com Music Sticker (recurso que permite que a postagem seja feita com uma música à escolha do usuário, incluindo GIFs com partes de sua letra) e mais de 50 mil criações de outros tipos. O número de visualizações na plataforma, que era de 200 mil, chegou a alcançar 4 milhões.

Em comunicado oficial, o filho de Erasmo, o empresário Leonardo Esteves, comentou o sucesso: “É uma grande satisfação falar sobre o legado do meu pai. Ele sempre dizia querer ser lembrado pelas músicas, e eu acho que este momento agora é muito emblemático, porque ele está conquistando o mundo, literalmente, com uma música que, inclusive, nem fazia parte das mais tocadas dele e que agora está sendo redescoberta através das plataformas digitais. Esse lado mais interessante e incensado dele, que é o disco Carlos, Erasmo, e a música É preciso dar um jeito, meu amigo, juntamente com a canção Gente Aberta, exemplificam muito isso. O Erasmo tinha uma satisfação muito grande com esse lado em que ele falava questões existenciais da humanidade e os grandes questionamentos que ele tinha. Creio que a música ganhará mais destaque ainda com essas três indicações do filme ao Oscar. Eu, como mero emissário do legado do meu pai, fico emocionado imaginando ele aplaudindo na plateia, com uma pipoca na mão, e pensando: ‘Eu cheguei de muito longe, e a viagem foi tão longa…”.

A VEJA, o escritor do livro Ainda Estou Aqui, que deu origem ao filme, Marcelo Rubens Paiva, também comentou a escolha da trilha sonora.

“Como mostra bem o filme, a minha casa era, de fato, muito musical. O Brasil vivia um momento de ouro na MPB, no rock, na tropicália. Tinha muito disco e muita música boa. Muita música que era censurada e que a gente já tinha comprado o disco. Lembro que vinha o encarte de discos no Pasquim. As músicas que eu escolhi, nenhuma entrou. Mas, quando vi o filme, pensei: ‘Nossa, olha essa música do Erasmo Carlos. E eu nem conhecia essa música dele. Amei a escolha do Tom Zé, porque ele é meu amigo. Juca Chaves também, e faz todo o sentido, porque tocava muito na minha casa. Ele era o grande gozador da ditadura. Não sei se foi o Walter, quem fez aquela trilha, mas se encaixou no filme de um jeito… Assim como tudo no filme. Os atores, a casa, a fotografia, o roteiro e, claro, a trilha”, afirmou.

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Em recente entrevista ao Los Angeles Times, Walter Salles falou sobre a importância da música de Erasmo Carlos na trilha sonora do filme: “A escolha dessas músicas (da trilha sonora) foi extremamente importante para nós, porque naquela época (anos 1970) as músicas que você ouvia definiam você, diferente de hoje, quando algoritmos definem o que você vai ouvir. Nesse sentido, a inclusão de É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo, de Erasmo Carlos, que aparece na metade e nos créditos finais, foi essencial”, disse o cineasta.

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