O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz

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Cultura

O afastamento do maestro Daniel Barenboim após diagnóstico de Parkinson

O músico argentino contou que tentará manter, enquanto a saúde permitir, o máximo possível dos compromissos sociais

Por Felipe Branco Cruz SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 7 fev 2025, 14h57 - Publicado em 7 fev 2025, 14h39

ASCENSÃO E QUEDA - Barenboim: o regente, cotado para o Nobel da Paz, viu seu prestígio ruir ao ser acusado de assédio — o maestro argentino Daniel Barenboim (Christian Marquardt/EPA/EFE)

Um dos maestros mais importantes das últimas cinco décadas, o argentino Daniel Barenboim, de 82 anos, anunciou nesta quinta-feira, 6, que sofre de Mal de Parkinson. Ele contou em suas redes sociais que pretende manter os compromissos sociais enquanto sua saúde permitir e que ficou emocionado com o apoio que recebeu nos últimos três anos, quando os sintomas começaram a se manifestar.

Barenboim afirmou que pretende ficar à frente da West Eastern Divan Orchestra enquanto for possível, a orquestra de Sevilha, na Espanha, que ele ajudou a fundar em 1999. “Considero a West Eastern Divan Orchestra minha responsabilidade mais importante. É essencial para mim garantir a estabilidade de longo prazo e o desenvolvimento da orquestra”, diz o maestro.

Por meio da fundação Barenboim-Said, criada em 2004, também em Sevilha, o maestro tenta unir as culturas israelense e árabe por meio da música.

O músico argentino é considerado um dos maiores maestros vivos e já foi diretor da Orquestra de Paris, entre 1975 e 1989, e esteve à frente da Orquestra Sinfônica de Chicago, entre 1991 a 2006. Em janeiro de 2023, ele já havia deixado seu cargo na Ópera de Berlim, motivada por problemas de saúde.