Música nova de Erasmo Carlos é lançada em dueto póstumo com Gaby Amarantos
A artista gravou sua participação após a morte de Erasmo e a canção deverá fazer parte de um disco de inéditas a ser lançado no ano que vem
Exatamente um ano depois da morte de Erasmo Carlos, chega aos serviços de streaming a primeira canção póstuma do artista (ouça abaixo), gravada em dueto com a cantora Gaby Amarantos. A canção foi gravada logo após o fim das gravações de seu último álbum, O Futuro Pertence à… Jovem Guarda. Junto do filho Léo Esteves e do produtor Marcus Preto, Erasmo começou a conceber, nos meses seguintes, o conceito do novo disco. A música estará em um álbum de inéditas previsto para o primeiro semestre de 2024. A faixa, intitulada A Menina da Felicidade, usou a voz de Erasmo já gravada e Gaby gravou sua parte após a morte do artista.
A reportagem de VEJA já havia adiantado em abril dos planos para o lançamento de um álbum de Erasmo composto apenas de duetos póstumos. A prática, aliás, tornou-se comum – e altamente lucrativa – nos últimos anos. O dueto póstumo não apenas garante uma segunda vida a esses artistas: permite novas e surpreendentes parcerias, com que talvez o homenageado nunca sonhasse.
O sertanejo Cristiano Araújo, morto em um acidente de carro em 2015, é outro ídolo falecido que tem se mostrado prolífico. Em breve, será lançado um álbum só com dobradinhas além-túmulo de Cristiano, com participação do irmão Felipe Araújo e da dupla Bruno & Marrone. Se tudo der certo, o projeto elevará a ideia do dueto póstumo à máxima potência: a junção artificial de dois mortos famosos. Conforme apurou VEJA em abril, os respectivos espólios têm negociações avançadas para permitir a combinação das vozes de Cristiano e da própria Marília Mendonça na canção De Quem é a Culpa, gravada separadamente por ambos e um imenso sucesso na voz da cantora.
No ano passado, após Peter Jackson desenvolver novas técnicas para restaurar gravações dos Beatles, Paul McCartney fez um emocionante dueto com John Lennon na música I’ve Got a Feeling durante o festival de Glastonbury, na Inglaterra. Agora, a inteligência artificial põe em voga uma nova e assombrosa possibilidade: a recriação da voz do morto para interpretar músicas que ele jamais cantou. Em 2021, o cantor sul-coreano Kim Kwang-seok, que morreu há 27 anos, teve sua voz refeita por um software e reproduzida numa canção inédita. Nunca as vozes do além fizeram tanto barulho.
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