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O Som e a Fúria

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Inezita Barroso 100 anos: a voz feminina que mudou a música caipira

Artista paulistana lutou pela valorização da música sertaneja de raiz como parte essencial da cultura brasileira

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 mar 2025, 11h34

Nos quase 40 anos em que o programa Viola, Minha Viola, foi exibido, era comum os produtores montarem um telão do lado de fora dos estúdios da TV Cultura, em São Paulo, para os fãs de música caipira que não conseguiram entrar no estúdio poderem acompanhar as gravações. A grande responsável pelo sucesso era a cantora Inezita Barroso, que na terça-feira, 4, completaria 100 anos. Nascida em 4 de março de 1925, em São Paulo, Inezita defendeu até a sua morte, em 8 de março de 2015, aos 90 anos, a música caipira e a viola.

Sua paixão pela música sertaneja era tanta que, em entrevista a este repórter, em 2012, aos 86 anos, ela continuava a afirmar que seu objetivo de elevar a música caipira e de raiz ainda não estava cumprido. Para ela, esse objetivo só seria atingido quando o instrumento, um dos primeiros do Brasil, fosse respeitado em todo lugar. “Temos dois gêneros de sertanejo: o de raiz, que é o nosso, que é tirado do povo e jogado para o povo. E tem outro, que não foi tirado de lugar nenhum. Parece uma coisa “não-sei-o-quê universitário”. Isso não dura, não tem lastro. Não está ligado ao chão”, disse na ocasião.

Exímia instrumentista, Inezita tocava piano, violão e, claro, viola. A defesa da música caipira fez com que ela fosse além do trabalho como cantora e apresentadora. A artista era também uma exímia pesquisadora do cancioneiro brasileiro e do folclore nacional, em uma busca incessante por novos talentos, que apresentava em seu programa. Ela recebia, em média, cerca de 10 CDs por dia com músicas de novos artistas e fazia questão de ouvir todos.

Em sua obra, Inezita gravou canções caipiras célebres, como Marvada Pinga, Lampião de Gás, Ronda, Cavalo Preto e muitas outras que ajudaram a formar a ideia do Brasil caipira e a cultura do interior do país. Celebrar a memória de Inezita é também manter viva a riquíssima cultura do país.

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