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De Rolling Stones a Elza Soares: os 10 melhores álbuns de 2023

O ano foi prolífico em bons lançamentos, tanto de veteranos como Peter Gabriel e Paul Simon, como de uma turma nova, com o trio americano Boygenius

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Capuano, Gabriela Caputo Atualizado em 20 ago 2024, 16h35 - Publicado em 19 dez 2023, 09h00

O ano de 2023 foi prolífico em bons lançamentos musicais tanto no Brasil quanto no exterior. O grande acontecimento do ano, sem dúvida, foi o disco de inédita dos Rolling Stones. Se por um lado, veteranos do rock como Peter Gabriel e Paul Simon deram as caras, uma turma novinha também chegou surpreendendo, como o trio Boygenius, com o álbum The Record. O ano contou ainda com outros excelentes lançamentos, como um disco póstumo de Elza Soares e o excelente novo álbum da cantora Iza. A seguir, confira os dez melhores álbuns do ano:

1- Hackney Diamonds, de Rolling Stones

Se o novo disco dos Rolling Stones fosse “apenas” um lançamento ordinário, já seria motivo suficiente para furor em todo o mundo. Mas Hackney Diamonds, o primeiro de inéditas em quase duas décadas (e também o primeiro sem o baterista Charlie Watts, morto em 2021), vai além. Mick Jagger, Keith Richards e Ron Wood entregam um álbum coeso e canções memoráveis, como Angry e Depending On You, fazendo rock’n’roll sem frescura, mas com concessões aqui e ali ao country (Dreamy Skies) e ao soul e gospel (Sweet Sounds of Heaven, com Lady Gaga e Stevie Wonder). Nas letras, os oitentões até refletem sobre a finitude da vida, mas, de forma patente, o que mais os diverte são mesmo as faixas sobre baladas intermináveis e bebedeiras. Os Stones se renovaram, enfim, mas continuam os senhores roqueiros de sempre.

2 – Afrodhit, de Iza

Mais dona de si do que nunca após sair de um casamento infeliz, Iza descartou um álbum praticamente pronto e recomeçou o trabalho do zero tomando as rédeas da própria sonoridade. O resultado é uma miscelânea poderosa de gêneros que vai do R&B ao pop com pinceladas na medida de rap, reggae e funk. Feito pouco depois de seu divórcio, o segundo álbum da carioca emana uma profusão complexa de sentimentos que faz do trabalho o mais feminino e pessoal de sua carreira, indo da frustação pela relação fracassada na raivosa Que se Vá à redescoberta da paixão e do sexo na picante e esperançosa Exclusiva.

3 – The Record, de Boygenius

Formada por mulheres oriundas do rock independente, a Boygenius carrega no nome uma provocação, ao tirar sarro de como músicos homens são aclamados como gênios. Mas, para além da provocação, Phoebe Bridgers, Lucy Dacus e Julien Baker se revelam belas compositoras e intérpretes: o primeiro álbum do trio traz letras confessionais que soam como uma conversa entre amigas, amparadas por melodias pop e folk. Na poética Without You Without Them, cantam a capella. Já em e Satanist pesam a mão nos instrumentos, dando voz às angústias de se ter 20 e poucos anos.

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4 – I/O, de Peter Gabriel

O primeiro álbum de inéditas de Peter Gabriel em 21 anos (e que o ex-vocalista do Genesis, aos 73, indica que pode ser seu último) teve suas doze faixas lançadas a conta-­gotas, a cada lua cheia, por um ano. As letras são sobre vida, envelhecimento e morte, passando ainda por tecnologia, religião e dinheiro. Olive Tree, uma das melhores do álbum, fala sobre leitura cerebral, tema no qual o artista tem bastante interesse. Já em Four Kinds of Horses, Gabriel apresenta uma parábola budista sobre fé, paz, violência e terrorismo.

5 – The Age Of Pleasure, de Janelle Monáe

A americana Janelle Monáe dá continuidade à história que contou no conceitual Dirty Computer (2018), sobre uma revolução liderada por seu empoderado alter ego, Cindi Mayweather. O novo álbum é ambientado num mundo onde as mulheres venceram a batalha contra o totalitarismo e o prazer feminino significa também amor-próprio. Afrofuturista, a artista entrega um álbum com faixas dançantes com pitadas de blues e de reggae. Em Water Slide, ela provoca: “Se eu pudesse transar comigo aqui e agora, faria isso”.

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6 – Seven Psalms, de Paul Simon

Ídolo de uma geração, Paul Simon, de 82 anos, reflete sobre a passagem do tempo, religião e a proximidade da morte neste álbum que promete ser o derradeiro da carreira do músico. No disco, as canções se sucedem como um diário pessoal, onde ele simplesmente canta o que sente. Representante maior do folk americano, Simon canta como se estivesse declamando um salmo bíblico, daí o título. Não se trata de um disco pop, repleto de hits, como muitos já lançados por ele, mas uma obra para ser sorvida aos poucos.

7 – But Here We Are, de Foo Fighters

O novo álbum do Foo Fighters, o primeiro desde a morte do baterista Taylor Hawkins, é uma “sincera e emocionante resposta a tudo que o Foo Fighters passou durante o último ano”, disseram os integrantes em comunicado. Na faixa Rescued, a letra já diz: “Estou apenas esperando para ser resgatado. Me traga de volta à vida”, diz o refrão da canção. O grupo aposta em canções grandiosas, como The Teacher, com mais de dez minutos de duração. 

8 – No Tempo da Intolerância, de Elza Soares

Aos 91 anos, Elza Soares não desacelerou e continuou cantando novas músicas até o fim. Neste álbum póstumo, gravado meses antes de sua morte, em janeiro do ano passado, a artista — que se notabilizou por ser uma grande intérprete — apresentou sua faceta de compositora. As letras foram resgatadas de um secreto caderno de memórias onde extravasava suas ideias de forte cunho social, como em Pra Ver Se Melhora, um contundente protesto contra a fome, miséria e inflação. O disco passeia por ritmos como samba, black music, bolero e salsa e traz ainda a última composição de Rita Lee, Rai­nha Africana, feita especialmente para Elza.

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9 – Chronicles of a Diamond, de Black Pumas

Formado em 2017 — quando o guitarrista Adrian Quesada ouviu Eric Burton cantando nas ruas de Austin, Texas —, o Black Pumas logo despontou com uma das promessas de um novo rock honesto e sem firulas. No primeiro álbum, em que temperam o gênero com a música negra americana, foram indicados ao Grammy, rodaram o mundo e fizeram um dos melhores shows do Lollapalooza Brasil em 2022. Agora, as composições ganham mais personalidade nas emotivas letras de Burton e precisos solos de Quesada — como na cativante More Than A Love Song, baseada na sólida (e inspirada) amizade entre os dois.

10 – Xande Canta Caetano, de Xande de Pilares

Ícone do pagode e do samba carioca, Xande de Pilares contorna os ouvidos desconfiados dos críticos neste novo trabalho onde faz uma bela homenagem a Caetano Veloso interpretando ao ritmo do cavaco e tamborim os clássicos do tropicalista, em versões que fizeram o próprio Caetano ir às lágrimas. O álbum conta com faixas como Qualquer Coisa (com participação mais que especial de Hamilton de Holanda), Alegria, Alegria e Lua de São Jorge.

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