De Bolsonaro a bate-boca em família: as polêmicas de Nana Caymmi

Morta na tarde desta quinta-feira 1º no Rio de Janeiro aos 84 anos, após uma longa e agonizante internação hospitalar, a cantora Nana Caymmi deixou como legado uma carreira de imenso sucesso e prestígio na MPB construída ao longo de mais de sessenta anos. Mas, na sua trajetória marcada por uma voz inconfundível e grandes interpretações de compositores nacionais, a artista vinda do venerando clã Caymmi não apenas destacou-se na música. Nana era famosa e assumidamente “desbocada”: da política na era da polarização às discussões em família, sua grande característica era uma sinceridade, digamos, contundente. Confira algumas de suas variadas polêmicas:

Defesa de Bolsonaro
Em 2019, Nana chocou o meio cultural — de orientação majoritariamente à esquerda e petista — ao expressar apoio de forma enfática ao então presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, ela fez críticas ácidas aos colegas Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque, chamando-os de “comunistas”.

Farpas em família

Em meio à rusga por causa de Bolsonaro, sobrou também para sua sobrinha e também cantora Alice Caymmi. Após as duas se desentenderem publicamente, Alice disse não concordar com as opiniões políticas da tia e exigiu respeito. Mais recentemente, porém, a sobrinha fez as pazes com ela.

“Peitando” a indústria fonográfica

Purista do começo ao fim da carreira, Nana Caymmi não era de levar desaforo das gravadoras para casa. Em inúmeras ocasiões, enfrentou executivos e produtores que queriam fazê-la gravar discos “da moda”. “A primeira coisa que as gravadoras fazem é mandar um produtor desavisado conversar comigo. Aí eu toco ele a tiro”, disparou ela em entrevista

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