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Capa do novo disco de Beyoncé pode esconder referências à história da arte

Nas redes sociais, fãs compararam imagem da cantora montada em um cavalo brilhante a 'Lady Godiva', famosa pintura de John Collier

Por Marcelo Canquerino Atualizado em 30 jun 2022, 18h48 - Publicado em 30 jun 2022, 18h38

O novo disco de Beyoncé, Renaissance, teve sua capa revelada nesta quinta-feira, 30 — e imediatamente rendeu comparações com uma famosa pintura associada ao movimento pré-rafaelita do século XIX. Na imagem, fotografada por Carlijn Jacobs, a cantora está seminua montada em um cavalo prateado cheio de luzes. Nas redes sociais, fãs se manifestaram e compararam a capa do álbum com a pintura Lady Godiva, do pintor britânico John Collier, que retrata uma mulher nua em um cavalo destaque na tradição anglo-saxônica.

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De acordo com a lenda, Lady Godiva foi uma mulher que cavalgou nua em algum período do século XI para impedir seu marido, Leofric, de impor impostos abusivos aos cidadãos de Coventry, na Inglaterra. Leofric dissera que se a mulher aparecesse na cidade nua a cavalo, ele cancelaria seus planos — e foi o que ela fez. Atualmente, a pintura de Collier inspirada na lenda está exposta na Herbert Art Gallery & Museum em Coventry, que além desta obra, possui uma coleção que retrata Lady Godiva.

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Lady Godiva, pintura de John Collier (1880/98). (Reprodução/Wikimedia Commons)

Apesar de Beyoncé não ter mencionado o quadro quando anunciou a capa do álbum, a legenda de sua postagem no Instagram ecoa alguns temas presentes na lenda anglo-saxônica. “Minha intenção era criar um lugar seguro, um lugar sem julgamento. Um lugar para ser livre de perfeccionismo e pensamento excessivo. Um lugar para gritar, soltar, sentir liberdade. Foi uma bela jornada de exploração”, escreveu a cantora. Alguns fãs também fizeram ligação da capa de Renaissance com um episódio de 1977 quando Bianca Jagger, ex-mulher de Mick Jagger, chegou ao famoso clube Studio 54, em Nova York, montada em um cavalo. 

Não seria a primeira vez que Beyoncé investe nas referências à história da arte. No clipe de Apeshit, do álbum Everything is Love, ela e o marido, Jay-Z, aparecem no Louvre ao lado de vários quadros e de uma pintura rara de Jean-Michel Basquiat. O único single lançado até o momento, Break My Soul, é uma canção genérica que passa longe de quadros e esculturas cultuadas. O que resta é esperar até o lançamento de Renaissance, em 29 de julho, para descobrir se Beyoncé fará alusões e referências mais claras a história da arte. 

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