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O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Billie Eilish polemiza em entrevista: “Deveria ser Ph.D. em masturbação”

Cantora falou sobre bissexualidade, prazer e partes íntimas sem ressalvas para promover novo disco, 'Hit Me Hard and Soft'

Por Thiago Gelli Atualizado em 9 Maio 2024, 12h02 - Publicado em 24 abr 2024, 16h16

Billie Eilish é uma das mais bem-sucedidas prodígios da música pop atual, mas não tem intenção alguma de manter a imagem pueril de certas colegas da indústria. Em entrevista que estampa a capa de maio da Rolling Stone americana, a cantora comenta a fundo pela primeira vez sua bissexualidade, um dos focos de inspiração para seu próximo disco, Hit Me Hard and Soft, com lançamento marcado para 17 de maio. Sem ressalvas, a jovem de 22 anos aproveitou o espaço para falar de sexo, masturbação, genitais e o peso da fama.

 

Após desabafar sobre o fardo de ser reconhecida na rua e cobrada por milhares de fãs, por exemplo, a cantora explica o que a relaxa: “Sexo. As pessoas se sentem desconfortáveis com o tópico e estranham mulheres confortáveis e comunicativas em relação à própria sexualidade. Isso deveria mudar. Você me perguntou o que me faz desopilar? O sexo realmente me salva, sou uma de suas maiores defensoras”.

Sem parar por aí, ela então revela detalhes sobre o prazer a sós, outro tabu que quer enfrentar: “Pode ser muita informação, mas essa é uma parte enorme da minha vida e uma grande ajuda”. Para ela, o trabalho manual é imprescindível para pessoas com problemas de autoimagem e fica melhor com um adicional inusitado: o espelho — sim, por um quê erótico, mas também pela conexão “crua e profunda” com o próprio corpo. Mais dicas incluem floreios de cenário: “Você pode manipular a situação para se sentir mais bonita. Vale reduzir a luz do quarto, vestir um traje específico ou se colocar em uma posição mais lisonjeira”. Confiante, Eilish caneta: “Deveria ter um Ph.D. em masturbação”.

Por fim, ela então detalha a produção de Lunch, faixa que será lançada junto ao álbum e é sua manifestação mais clara de desejo por outras mulheres, com afirmativas que vão de “poderia comer essa garota no almoço” até “ela dança na minha língua”. A cantora explica que a canção se encaixou no disco — anunciado como produto de reflexões sobre saúde mental e bem-estar — por ter lhe ajudado a se tornar quem é: “Escrevi parte da letra antes mesmo de ficar com outra garota, e o resto depois. Sempre me apaixonei por meninas, mas não entendia até ano passado que queria enfiar minha cara em uma vagina. Antes disso, não estava nos planos discutir minha sexualidade”.

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Mais aberta do que nunca, Eilish também dispensa o papel de modelo para a juventude, muito atribuído a ela pelo sucesso de What Was I Made For?, canção do filme Barbie que lhe rendeu dois Grammys e um Oscar. O único exemplo que quer dar, diz, é o ambiental: “Tenham mais consciência sobre o jeito que vivem e a pegada de carbono que deixam”.

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