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O Som e a Fúria

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Pop, rock, jazz, black music ou MPB: tudo o que for notícia no mundo da música está na mira deste blog, para o bem ou para o mal

Aposta do outro mundo: bet salvará a mansão mais mal-assombrada do planeta

Dinheiro de empresa de apostas online está sendo empregado na restauração do imóvel com um passado sombrio

Por Sergio Ruiz Luz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 dez 2024, 10h46 - Publicado em 23 dez 2024, 10h38

Reza a lenda que a banda de rock pesado Led Zeppelin teria feito um pacto com o diabo para alcançar o sucesso. Impressionados com essa história, fãs começaram a tocar os discos do grupo de trás para frente na vitrola em busca de mensagens ocultas. Alguns conseguiram achar por meio dessa técnica mensagens satanistas em Stairway to Heaven, maior hit do Zeppelin. Um dos líderes da banda, o guitarrista Jimmy Page ironizou a história em uma entrevista, dizendo que se já era difícil compor uma música, imagine tentar fazer isso com backwards messages.

Mas foi o próprio Jimmy Page que ajudou a alimentar esse tipo de lenda. Ele se tornou um dos maiores fãs do bruxo Aleister Crowley (1875-1947),  que se auto-denominava “A Besta do Apocalipse” e era conhecido no início do século XX como o “homem mais perverso do mundo”. Ficaram famosos na época os rituais nos quais se se misturavam orgias, drogas e conjurações de demônios. Décadas depois da sua morte, virou uma figura pop, a ponto de figurar entre as celebridades presentes na capa do Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. No Brasil, ensinamentos de Crowley como “faze o que tu queres pois é tudo da lei” apareciam nas letras da parceria entre Raul Seixas e Paulo Coelho.

No mundo do rock, o músico mais obcecado por Crowley foi Jimmy Page, que considerava o bruxo o grande gênio incompreendido do século XX. O guitarrista se tornou um colecionador de tudo o que se relacionava a ele, adquirindo itens como um baralho de tarô, manuscritos e livros autografados, entre outros itens. Mas nada disso se compara ao investimento que Page fez no início dos anos 70 comprando a mansão Boleskine, na vizinhança do Lago Ness, na Escócia. A propriedade havia pertencido a Crowley e foi palco de vários de seus rituais demoníacos. Outras histórias de arrepiar cercavam o endereço, como a do suicídio do Major Edward Grant. Ele havia adquirido a mansão após a II Guerra Mundial e se matou com um tiro no quarto de Crowley.

A fama de lugar amaldiçoado foi reforçada com a ocorrência de dois incêndios misteriosos, em 2015 e 2019, que destruíram boa parte do local. Essa propriedade pertence hoje  a uma fundação, que começou a restaurar o lugar para reabri-lo à visitação de turistas. Parte do dinheiro da obra foi doado por um fundo das loterias britânicas que usa parte do dinheiro amealhado com as apostas para investir na preservação do patrimônio.

O fundo das loterias doou 250 000 libras para a obra (o equivalente a 1,9 milhão de reais) e o trabalho completo de restauração vai custar aproximadamente 1,5 milhão de libras (11,5 milhões de reais). A expectativa é que a reabertura da casa mais mal-assombrada do muno ocorra em 2025.

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