Nem o ex-presidente Lula, por ora, será libertado, nem o ex-juiz Sergio Moro absolvido das suspeitas de que faltou com seu dever na condução da Operação Lava Jato.
Foi o que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal acabou de decidir ao negar o primeiro pedido de habeas corpus para soltar Lula e adiar a conclusão do julgamento do segundo.
O ministro Gilmar Mendes votou para que Lula esperasse em liberdade a conclusão do segundo julgamento que só deverá acontecer em agosto depois do recesso do meio de ano do Judiciário.
O ministro Ricardo Lewandowski concordou com Gilmar. Mas os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia e Celso de Mello, não. E assim o mérito do segundo pedido de habeas corpus só será examinado mais adiante.
A sorte de Lula e da reputação de Moro dependerá cada vez mais do que o site The Intercept Brasil venha a revelar sobre as conversas entre o ex-juiz e os procuradores da Lava Jato.
Em depoimento, esta tarde, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o jornalista americano Glenn Greenwald, editor do The Intercept, voltou a repetir que guarda farta munição para disparar contra Moro.
O rumo da política brasileira está refém do que vier a ser revelado pelo The Intercept. O que já foi até aqui quase bastou para soltar Lula. O que está por vir poderá abalar gravemente os alicerces da Lava Jato. A ver.