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Oriente Médio: como acompanhar outro fim de semana de tirar o fôlego

Foi um ataque localizado ou uma escalada que ninguém sabe como termina? A retaliação israelense ainda está em discussão

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 9 Maio 2024, 12h12 - Publicado em 19 abr 2024, 07h57

O risco de conflagração generalizada está longe de ser evitado, mas há alguns indícios de que o ataque israelense a alvos militares iranianos na região de Isfahan pode ser relativamente contido.

Algumas considerações para acompanhar o leque de opções que antecipa mais um fim de semana em que o mundo prende a respiração:

1. O objetivo foi “mandar um sinal ao Irã de que Israel pode atacar seu território”, disse o Washington Post. “Sinal”, obviamente, é menos grave de que ataque em larga escala, mas como o Irã vai interpretar a diferença?

2. Talvez desconversando. Não há “planos de retaliação imediata” e a “fonte estrangeira do incidente” não foi confirmada, disse uma autoridade iraniana. Os meios de comunicação oficiais não mencionam Israel.

3. O ministro da Segurança Nacional, o ultranacionalista Itamar Ben Gvir, tuitou uma única palavra :“Frouxo”. Por maior rejeição que suas ideias provoquem, não deixa de ter razão. Transformou Israel “em piada”, reclamou o líder oposicionista Yair Lapid. A “frouxidão” pode ser produto das pressões dos Estados Unidos e outros países que contam para não permitir uma escalada gravíssima.

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4. Um ataque “frouxo” reproduz, de alguma maneira, o fiasco do Irã na semana passada. Metade dos 350 drones e mísseis sofreu panes. Pilotos americanos derrubaram mais de oitenta dos demais atacantes. Israelenses, britânicos e até jordanianos, municiados de informações pela Arábia Saudita e outros árabes do Golfo, fizeram o resto. Presevar essa aliança tácita sem precedentes é do maior interesse de Israel. Da mesma forma, é fortíssima a pressão interna sobre a cúpula israelense de não deixar o Irã “se safar”, nas palavras do porta-voz militar Daniel Hagari.

4. Se pelo menos uma parte dos drones e mísseis tivesse atingindo centros populacionais, as vítimas israelenses seriam centenas ou até milhares. Esta é a lógica inescapável da resposta israelense. Passar uma imagem de vulnerabilidade é tão perigoso como de fato ser vulnerável.

5. “Benjamin Netanyahu fez o que os Estados Unidos, outros líderes do G7 e a ONU advertiram para não fazer”, resumiu o analista Tony Diver no Telegraph. “Provocou uma potência regional hostil e imprevisível, com capacidade nuclear opaca”.

6. Ficam na região de Isfahan, que no passado era mais conhecida pelos requintados tapetes, as instalações nucleares subterrâneas de Natanz, um elemento de alta complicação.

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7. Quem está ganhando? Na semana passada, sem dúvida nenhuma, Joe Biden, ao coordenar uma reação de altíssimo risco que salvou Israel e, ao mesmo tempo, não permitiu um contra-ataque israelense imediato. Numa situação de extrema volatilidade, a dinâmica já mudou. Se o ataque “frouxo” ficar nisso, o Irã poderá cantar vitória.

8. Viram as fotos de habitantes de Gaza aproveitando a praia num dia de calor de 35 graus, jogando vôlei e entrando no mar? Isso também passa a impressão de que Israel “desistiu” do ataque em Rafah.

9. O que nos leva de volta ao problema original: a situação em Gaza continua a ser uma incógnita. O Hamas sofreu perdas enormes, mas seu núcleo permanece relativamente intocado. E, claro, os reféns israelenses continuam no cativeiro.

10. O sonho do Hamas seria uma guerra regional em várias frentes contra Israel. A hipótese não pode ser descartada. Como a guerra de palavras também conta, um representante iraniano disse que “é inteiramente possível uma revisão de nossa doutrina nuclear”. O ataque dessa madrugada acentua os enormes perigos envolvidos.

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