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Angkor Wat pode até ser clichê, mas vale muito a viagem!

Eu já tinha batido na trave algumas vezes, mas ainda não tinha conseguido encaixar uma viagem ao Cambodja. No fim do ano passado, eu e uma amiga decidimos que iríamos ao final da temporada da F-1. Mas, sabe-se lá porque, em cima da hora ela me deu o cano. Resolvi então usar minhas milhas para […]

Por Tatiana Cunha Atualizado em 30 jul 2020, 21h46 - Publicado em 23 set 2016, 18h15
Uma das primeiras fotos que fiz ao chegar em Angkor Wat, ao amanhecer

Uma das primeiras fotos que fiz ao chegar em Angkor Wat, ao amanhecer

Eu já tinha batido na trave algumas vezes, mas ainda não tinha conseguido encaixar uma viagem ao Cambodja. No fim do ano passado, eu e uma amiga decidimos que iríamos ao final da temporada da F-1. Mas, sabe-se lá porque, em cima da hora ela me deu o cano. Resolvi então usar minhas milhas para levar minha mãe comigo. Não poderia ter feito escolha melhor. Um lugar mágico como aquele é para ser feito ao lado de alguém especial.

Decidimos explorar um pouco do país e dividimos os oito dias que tínhamos em três regiões: Phnom Penh, a capital do país, Sihanoukville, um balneário ao sul, e, claro, Siam Reap, onde fica Angkor Wat, nosso foco principal na viagem e o maior complexo religioso do mundo.

Por mais que já tivesse ouvido falar, tivesse visto mil fotos, eu não esperava por aquilo. Depois de uma aventura de mais de seis horas de ônibus pelas “estradas” que ligam a capital a Siam Reap, chegamos ao nosso destino no final da tarde. Fomos explorar o centrinho da cidade, a Pub Street, e aproveitamos para reservar um guia para nos levar aos templos no dia seguinte _sim, são cerca de 70 templos, tumbas e ruínas.

Encontrei uma empresa bem recomendada no aplicativo do Trip Advisor (se você nunca usou, recomendo, especialmente nestas cidades mais distantes da nossa realidade), a David Angkor Guide, e resolvemos tudo por telefone mesmo. Marcamos para nos pegarem no hotel às 5h e fomos dormir cedo.

No dia seguinte o céu ainda estava escuro quando nos encontramos com Sophat, nosso guia,e nosso motorista na frente do hotel. Optamos por um carro com ar condicionado porque o calor por lá não é fácil. Mas muita gente vai de tuk-tuk mesmo e tá valendo. (Se quando eu voltar, irei neste esquema).

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E lá fomos nós. Antes de chegar a Angkor Wat, tivemos de fazer uma parada no guichê que vende as entradas para o templo (custa 20 dólares para um dia). Uma fila enorme de turistas já estava por lá, mas não perdemos mais de 20 minutos. Pagamento feito, foto tirada, ingresso impresso, partimos para nosso destino, que fica cerca de 6km ao norte de Siam Reap.

Meu "passaporte da alegria" para visitar os templos em Angkor Wat

Meu “passaporte da alegria” em Angkor Wat

Pegamos um pouco de trânsito, mas logo estacionamos. Descemos e encontramos centenas de turistas já a postos, mas Sophat insistia em dizer que deveríamos continuar andando para sentar no melhor lugar para ver o sol nascer, onde não haveria muita gente atrapalhando. Quando ele enfim se deu por satisfeito, nos indicou um lugar à beira d’água para nos sentarmos. O céu já começava a ganhar tons de roxo e rosa e minha ansiedade a esta altura era enorme.

Foi quando me dei conta que o espetáculo estava começando bem na minha frente. Até agora, escrevendo, fico arrepiada ao lembrar. A cada instante o céu mudava de cor, as nuvens se mexiam, e Angkor Wat ia surgindo diante de nossos olhos, imponente. Só depois que o sol já estava alto no céu e o templo completamente visível é que partimos para nossa exploração.

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A cor do céu mudava a cada instante ao nascer do sol em Angkor Wat

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São dois circuitos possíveis de se fazer. O menor, de 11 km, que cobre os templos centrais, e o maior, de 27 km, que demora dois dias para ser percorrido.

Como só tínhamos um dia inteiro, optamos pela versão mais curta, com alguns “brindes” oferecidos por Sophat no caminho. Foi suficiente, mas hoje eu teria ficado um dia a mais, para fazer tudo com mais calma.

Ficou com vontade de ir? Então aqui vai um roteiro com algumas informações básicas para te ajudar. Depois quero saber como foi 😉

 

Quando ir
A melhor época para visitar o Cambodja é entre novembro e janeiro, quando a umidade é mais baixa que o normal (ainda assim prepare-se, você vai suar… muito). Esta é a chamada época seca. O período das chuvas vai de maio a agosto.

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Como ir
Para quem está na capital, Phnom Penh, as melhores opções são de avião ou ônibus.
As estradas são mal sinalizadas, cheias de obstáculos (gente, obras, animais, pedaços sem asfalto e afins), então só recomendo carro com motorista local.

Como eu decidi tudo meio de última hora, as passagens de avião estavam muito caras. Fui de ônibus. Comprei tudo pela internet, do Brasil mesmo, no site da Giant Ibis. Foi super tranquilo, paramos para almoçar na estrada e tinha até wifi no ônibus. Cada passagem custou 15 dólares e recebi os e-tickets por email.

Para sair de Siam Reap fui de avião (com destino a Sihanoukville). Também comprei pela internet, no site da Cambodia Angkor Air. Cada bilhete saiu por 116 dólares, mas eu não tinha opção senão perderia um dia inteiro no ônibus para cruzar o país. O avião era bem ok e o serviço ótimo.

Visto
Sim, o Cambodja exige visto para brasileiros. Mas é possível fazer pelo site. O visto de turista para 30 dias (com validade de até três meses da data de emissão) custa 37 dólares. Você completa o formulário, envia os documentos e recebe por email. Simples assim. O meu chegou menos de 12 horas depois.

Onde ficar
Siam Reap tem muitas opções de hospedagem. Desde albergues e hotéis baratinhos até super hotéis como Park Hyatt e Raffles.
Quanto mais perto do centrinho da cidade mais legal ficar. Há mais opções de restaurantes, bares, lojinhas, etc. O que eu fiquei era mais ou menos uns 2 km de lá. Dava para ir a pé, mas à noite era muito escuro e dava medo de se perder porque as ruas são todas meio parecidas. Mas um tuk-tuk por quase nada resolvia o problema.

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Uma das aventuras a bordo de um tuk-tuk em Siam Reap

Uma das aventuras a bordo de um tuk-tuk em Siam Reap

Fiquei no Landing Gold Villa, cujas diárias variam de R$ 100 a R$ 300. Os quartos eram amplos, o café da manhã era bom, tinha uma piscina super gostosa e os funcionários super prestativos.

Para quem quer um 5 estrelas, o Sofitel Angkor Phokeethra Golf and Spa Resort é uma boa escolha. Além de campo de golfe, sala de ginástica e piscina, o local é muito bonitos. As diárias, em média vão de R$560 a R$1.000.

Outra opção para quem quer luxo é o Le Meridien Angkor 5*, um pouco mais em conta que o anterior, com diárias entre R$290 e R$645, em média. Também tem tudo o que se espera de um hotel desta categoria.

Onde comer
A cidade também tem milhares de opções para comer. De pizza a churrasco, passando obviamente pela culinária cambojana e por restaurantes vegetarianos.

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Vou recomendar aqui os dois que jantei, ambos no centrinho da cidade. De novo, achei no Trip Advisor e apostei neles. Não me decepcionei. Muito pelo contrário.

O que mais gostei foi o vegetariano Chamkar Vegetarian Restaurant (end: Khum Svay Dangkum, Old Market; tel +85592733150). A comida era super saborosa e os preços bem em conta (em média de US$ 3 a US$ 7 por um prato).

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O delicioso peixe Amok que comi em Siam Reap

O segundo foi o Traditional Khmer Food Restaurant (end: Mondul 1, Sway Dangkum), onde comi um delicioso peixe Amok, típico de lá. É uma espécie de curry amarelo, com leite de coco e especiarias, acompanhado de arroz… hummm, fico com água na boca de lembrar (até comprei os temperos lá para fazer em casa!). A faixa de preços é a mesma do anterior.

O que visitar
Tudo vai depender do tempo que você tem, da sua disposição, enfim… Sempre digo que viagem é uma coisa muito pessoal e quem sou eu para dizer que você vai gostar mais daqui do que dali. Mas recomendo aqui o que mais gostei.

Não resisti a um selfie na frente de Angkor Wat

Não resisti a um selfie na frente de Angkor Wat

Angkor Wat
Tá, esqueça o que eu disse acima ( 😉 ). Este é imperdível. Erguido no século 12 pelo rei Suryavarman II para homenagear o deus Vishnu, foi construído em formato de mandala. Os detalhes nas paredes, dentro e fora do tempo são impressionantes pela perfeição com que foram feitos. É possível entrar em todas as edificações e subir no santuário central, que oferece uma bela vista do local. IMPORTANTE: shorts muito curtos, decotes e blusas sem mangas te impedirão de entrar, portanto atenção ao se vestir para o passeio.

Uma das edificações de Angkor Wat

Uma das edificações de Angkor Wat

Angkor Thom
Esta é uma cidade murada, também erguida no século 12 pelo rei Jayavarman VII. Os muros chegam a ter 8 m de altura e se estendem por 12 km.  A cidade tem cinco portões de entrada. O mais preservado deles é o Sul. Há uma ponte com 154 estátuas enormes, dos dois lados: do direito os demônios e do esquerdo os deuses. A vista é impressionante. Dentro de Angkor Thom há várias edificações para visitar. A que eu mais gostei foi o Bayon, localizado no centro do complexo. Construído em forma de pirâmide, é composto por 54 torres com mais de 200 esculturas de rostos feitos em pedra. Impressionante.

A ponte de esculturas no portão Sul de Angkor Thom

A ponte de esculturas no portão Sul de Angkor Thom

Ta Phrom
Um dos templos mais diferentes que vi por lá porque ele está encravado no meio de uma floresta. As árvores se confundem com as pedras transformando as construções em esculturas belíssimas. Aqui você vai encontrar alguns dos locais usados na gravação do filme Lara Croft: Tomb Raider, com Angelina Jolie. Por conta disso, uma das árvores ficou conhecida como a Árvore Tom Raider. As mais bonitas são esta, a Árvore Crocodilo e a Árvore Cachoeira. Amei.

A árvore que ganhou o nome de Tomb Raider depois que o filme foi gravado por lá

A árvore que ganhou o nome de Tomb Raider depois que o filme foi gravado por lá

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