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Que livro de ficção levou o Pulitzer 2012? Nenhum

O Pulitzer, um dos mais prestigiosos prêmios literários do mundo, não vai laurear nenhum livro de ficção em 2012. É a primeira vez que isso ocorre desde 1977 — e a sexta vez desde que a premiação foi criada, em 1948. Sinal de hiato na qualidade literária? Possivelmente, já que o júri não considerou nenhum livro […]

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 09h06 - Publicado em 16 abr 2012, 18h38

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O Pulitzer, um dos mais prestigiosos prêmios literários do mundo, não vai laurear nenhum livro de ficção em 2012. É a primeira vez que isso ocorre desde 1977 — e a sexta vez desde que a premiação foi criada, em 1948. Sinal de hiato na qualidade literária? Possivelmente, já que o júri não considerou nenhum livro merecedor do prêmio. Sinal de polêmica? Também — o assunto deve alimentar um intenso debate nos próximos dias.

Os três finalistas eram Train Dreams (Sonhos de Trem, em tradução direta para o português), de Denis Johnson, definido pelo comitê avaliador como “um romance sobre um dia de trabalho no velho-oeste americano, com olhar calmo e compassivo sobre suas glórias e terrores”; Swamplandia!, de Karen Russell, descrito como “um conto de aventura sobre uma excêntrica família, desorientada na condução de um problemático parque temático de briga de jacarés, com narração de uma heroína sábia demais para seus 13 anos de idade”; e The Pale King (O Rei Pálido, tradução livre), o romance póstumo de David Foster Wallace (1962-2008), que explora o tédio e a burocracia no local de trabalho americano.

O júri, formado pela crítica literária Maureen Corrigan, o escritor Michael Cunningham (do livro The Hours) e Susan Larson, antiga editora da seção de livros do jornal Times-Picayune, de New Orleans, não deu qualquer explicação para a escolha. Ou a falta dela.

Na categoria de não-ficção, foi premiado The Swerve: How the World Became Modern (A Guinada: Como o Mundo se Tornou Moderno, em tradução livre), do crítico literário Stephen Greenblatt.  Malcolm X: A Life of Reinvention (Malcom X: Uma Vida de Reinvenção, tradução livre), de Manning Marable, historiador da Columbia University, morto na véspera do lançamento do livro, foi o vencedor na categoria história.

O professor de Yale John Lewis Gaddis ganhou o prêmio de melhor biografia por George F. Kennan: An American Life (George F. Kennan: Uma Vida Americana, tradução livre). Tracy Smith levou o título de melhor livro de poesia pela coleção Life on Mars (Vida em Marte, também numa tradução livre para o português).

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