Escritor chileno da vez, sendo apontado até como o sucessor do fenômeno Roberto Bolaño (1953-2003) — que ganhou os círculos literários europeus com romances caudalosos em que se mesclam referências de literatura e história –, Alejandro Zambra é o principal representante da nova literatura latino-americana na 10ª edição da Flip. O evento conta também com a argentina Paloma Vidal, o haitiano Dany Laferrière e a cubana Zoé Valdés.
No Brasil, Zambra ainda é conhecido apenas por seu romance de estreia, o premiado Bonsai, publicado em 2006 no Chile e este ano por aqui, pela Cosac Naify. O livro conta a história de um casal jovem, Julio e Emilia, que estuda literatura e tem uma relação amorosa e sexual intensamente conectada com o ato de ler e com a formação literária e intelectual dos dois. O relacionamento se desdobra com a aparição e intervenção de outros personagens secundários e é pontuado por referências literárias, constantes em todos os capítulos do livro.
“O amor como tema me interessa muito. A minha geração foi a primeira a crescer sabendo que tudo tem um custo, que o amor não é para sempre, que todo mundo se separa, que a decisão de ter filhos é muito complexa”, diz Zambra, 37, destacando que a forma de encarar um relacionamento mudou em sua geração.
Além da mesa de que participou na quinta-feira, ao lado do espanhol Enrique Vila-Matas, o chileno Alejandro Zambra marcou presença na noite de Paraty – na sexta, foi à festa que a sua editora, a Cosac Naify, promoveu em um barco ancorado no cais da cidade. E conversou com VEJA Meus Livros. Confira abaixo uma seleção de cinco perguntas para Alejandro Zambra.
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