Aquarela do Brasil 2.0
Exilado, voava do futuro assobiando um réquiem. Planava pelos desertos do esquecimento sentindo uma saudade intensa, que, de tão grande, curvava o espaço e o tempo. Uma saudade não sei de quê, não sei de quem. Deve ser efeito do exílio prolongado. E na jornada de retorno, deparo a Aniquilação, como a encarnação […]
Exilado, voava do futuro assobiando um réquiem.
Planava pelos desertos do esquecimento
sentindo uma saudade intensa,
que, de tão grande, curvava o espaço e o tempo.
Uma saudade não sei de quê, não sei de quem.
Deve ser efeito do exílio prolongado.
E na jornada de retorno,
deparo a Aniquilação,
como a encarnação da sedução,
esbanjando simpatia, docilidade e alegria,
pronta para sentenciar o fim dos loucos,
da vertigem, do voo e da ousadia.