A preocupação do governador de São Paulo, João Doria, com as medidas restritivas para conter a pandemia e o empenho na vacinação dos paulistas deram resultado.
Uma publicação de Doria no Twitter nesta segunda, 07, aponta que o crescimento econômico do estado de São Paulo foi dez vezes maior do que o de todo o país nos anos de 2020 e 2021.
A coluna foi atrás da origem dos dados e bateu as informações com números do Banco Central, mais precisamente do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), um indicador antecedente do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro apurado mensalmente com base em dados setoriais, da agricultura, indústria e comércio. Os do IBGE por estados demora muito a sair.
Dados mensais do PIB coletados pelo Sistema Estadual de Análise de Dados, o SEADE, de São Paulo, apontam um crescimento acumulado de 6,1% do estado nos anos de 2020 e 2021. Esses foram os números divulgados por Doria.
Já segundo os registros do IBC Br, a economia paulista cresceu 1,7% nesse período. Mesmo usando a visão mais “pessimista” do Banco Central, o crescimento de 1,7% de São Paulo é maior do que os 0,6% que o Brasil avançou nos dois últimos anos. Bom lembrar que os dados do BC são estimativas.
O fato é que a gestão de Doria funcionou. Mesmo defendendo o confinamento, o governador entregou bons resultados. Jair Bolsonaro e Paulo Guedes deviam agradecer, já que sem o bom desempenho de São Paulo o crescimento do país seria ainda menor.
Os números do governo de Doria mostram que a preocupação de Bolsonaro com a economia não aconteceu na realidade. Não passou de discurso a história de pensar na economia e criticar as restrições na pandemia. Mero negacionismo.
O governador de São Paulo agora pode usar essas informações em sua campanha à presidência. Os números não mentem e Doria comprovou ser um bom gestor, principalmente nos tempos difíceis que vivemos na pandemia.
E por que agradecer? Se São Paulo não tivesse crescido, dado o peso da economia de São Paulo dentro do Brasil, o país teria caído mais em 2020 e crescido menos em 2021.
*Nessa análise, os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não foram usados pois há uma defasagem de dois anos na apuração do órgão.