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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Petrobras jogada às traças

Governo tenta fazer populismo com a empresa em ano eleitoral

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 abr 2022, 09h43 - Publicado em 4 abr 2022, 22h54

O atual governo vem conseguindo destruir tudo o que vê pela frente desde 2019. Dessa vez, a empresa mais valiosa da América Latina está jogada às traças. Ninguém sabe o que vai acontecer com a Petrobras e essa dúvida prejudica a empresa e o país como um todo.

Pressionado pela opinião pública e pela insatisfação dos brasileiros com o preço dos combustíveis em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro tenta de todas as formas encontrar alguém que faça o trabalho sujo e tente alterar a política de preços da Petrobras. Uma jogada populista e que, até agora, fracassou.

A crise na Petrobras, que já vem sendo desvalorizada por essa gestão, chegou ao ápice com a saída do General Silva e Luna, que admitiu que Bolsonaro tentou intervir na política de preços da empresa. Depois de sofrer pressões de todos os lados, o militar desistiu e entregou o cargo.

O governo anunciou, então, o nome do economista Adriano Pires para ocupar a presidência da Petrobras. Mais uma jogada fracassada. Pires anunciou nesta segunda, 4, que não vai assumir o cargo e alegou “conflito de interesses”.

O ex-futuro presidente da empresa já defendeu a atual política de preços da Petrobras e, provavelmente, também teria que enfrentar Bolsonaro no comando da estatal.

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Com a desistência de Pires, surgiu a hipótese de Silva e Luna permanecer no cargo. Ele negou de forma contundente, mostrando que não deixou a presidência de forma amigável.

Outra jogada fracassada foi a indicação de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, para presidir o Consellho de Administração da Petrobras. Ao desistir do cargo, Landim afirmou que não conseguiria conciliar a atividade da empresa com sua atuação no Flamengo.

Derrota após derrota, o governo segue sem conseguir “botar ordem” na casa. Alguém precisa dizer a Bolsonaro que a Petrobras segue legislações rígidas e mudar a política de preços não é tão simples assim. É preciso mudar a lei em vez de tentar fazer qualquer alteração colocando um presidente “a toque de caixa” para comandar a empresa.

Mais uma vez, os atropelos do presidente colocam em risco uma área importantíssima para o país. Mais uma vez, o interesse próprio atropela o interesse que é de todos: ter uma Petrobras forte, isenta e que confirme o valor que possui para o Brasil.

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