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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Os cinco pontos mais importantes do discurso de Lula na ONU

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 set 2024, 20h18 - Publicado em 24 set 2024, 12h36

Mais curta do que os discursos anteriores, a fala do presidente Lula na abertura da Assembleia Geral da ONU nesta terça, 24, em Nova York, foi uma tentativa de chamamento do mundo para o combate à fome, como aconteceu em anos anteriores, mas elevando o tom em relação às guerras e às mudanças climáticas.

O mandatário petista lembrou, por exemplo, que conseguiu diminuir em 50% o desmatamento na Amazônia para depois dizer que seu governo não terceiriza a responsabilidade com as atuais queimadas na floresta… Não sem antes, contudo, chamar a atenção dos líderes mundiais para a maior estiagem que assola a região.

Lula também listou eventos extremos ao redor do mundo, passando pelos cinco continentes, e lembrou as enchentes no Rio Grande do Sul, as maiores em quase um século. Nesse momento da exposição, o presidente brasileiro afirmou que o mundo está cansado de metas ambientais acordadas e que nunca são cumpridas.

Sobre as guerras, Lula afirmou que o uso da força está virando regra no mundo, assim como os investimentos na indústria bélica, maiores a cada ano. Para ele, o Brasil e a China poderiam atuar como mediadores em busca de solução diplomática na guerra entre a Rússia e a Ucrânia – lembrando que nenhum dos dois países conseguiu atingir seu objetivo usando armas.

O presidente brasileiro quis manter o tom elevado ao criticar Israel no conflito com o Hamas, na Faixa de Gaza. Descreveu o que acontece no Oriente Médio – com a morte de mais de 140 mil inocentes palestinos – como um direito de defesa israelense transformado em direito de vingança.

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Lula não parou por aí. Reclamando da ineficácia da própria ONU, surpreendentemente pediu uma reforma generalizada nos conselhos da organização, apontando que o de segurança reflete hoje o terrível passado colonial. Lula pediu uma mulher como secretária-geral, momento alto do discurso que o levou a ser efusivamente aplaudido.

O presidente brasileiro ainda aproveitou seu tempo para alfinetar Elon Musk, dono da rede social X. O bilionário descumpriu as regras brasileiras e viu o ex-Twitter ser suspenso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Lula manteve sua coerência de sempre falar da erradicação da fome – 9% da população vive em insegurança alimentar –, mesmo que até hoje, após vários mandatos do PT no poder, não tenha conseguido resolver a questão no Brasil.

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