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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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O que significa o duríssimo recado de Fachin para Bolsonaro

Ou... o Basta! do ministro ao presidente da República...

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 jul 2022, 11h56 - Publicado em 19 jul 2022, 13h15

O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), subiu o tom ao responder o mais recente ataque de Jair Bolsonaro à democracia brasileira, utilizando falácias sobre as urnas eletrônicas.

O ataque nem é novo porque repete movimentos extremistas anteriores do presidente da República contra o seguro sistema eleitoral do país.

Mas – para o magistrado – é mais grave quando isso é levado à comunidade internacional, já que Bolsonaro mentiu sobre o país para embaixadores estrangeiros.

Por isso, Edson Fachin afirmou: “é hora de dizer basta à desinformação e ao populismo autoritário que coloca em xeque a Constituição de 1988”. É o que apurou a coluna com interlocutores do magistrado.

Aliás, por falar em “Basta”… basta lembrar como o ministro se referiu – no discurso de posse no TSE – aos outros países e o que eles podem pensar sobre a democracia brasileira.

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“Anuncio, nesta oportunidade, uma síntese daquilo que a gestão irá primar: pela transparência e pela defesa da integridade do processo eleitoral; pela primazia do diálogo nas relações interinstitucionais, inclusive perante a comunidade eleitoral internacional”, disse Fachin.

Depois, completou, minutos antes de assumir oficialmente a corte: “Iremos nos integrar de pronto ao esforço da comunidade eleitoral internacional pela defesa da democracia”.

Taí, o “x” da questão.

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Fachin acredita que o Brasil é uma das grandes democracias mundiais e que é importante que os outros países estejam atentos ao que acontece na terra verde e amarela.

Tanto é que o magistrado quis aumentar (e aumentou!) o número de observadores internacionais que participarão das eleições em 2022.

Mas a gravidade do momento não deixa dúvida que a Justiça Eleitoral está (quase) sozinha nesta trincheira de defesa da democracia. Cadê o Ministério Público? Cadê o Congresso? Cadê as Forças Armadas?

Um tem sido omisso, outro manda sinais trocados e o terceiro, bem – este foi capturado pelo projeto de criar dúvidas sobre o processo eleitoral.

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